Tpm

por Redação
Tpm #75

Jeito independente e cara de menina, a cantora francesa Lisa Li-lund está no Brasil fazendo shows de seu novo CD

 

Ela tem rosto de menina, voz suave e muita atitude na música. Lisa Li-lund conta que está adorando a temporada aqui no Brasil, e nem pensa em revelar sua idade, que, segundo ela, está entre 18 e 39 anos. A cantora de origem sueca, que morou em Paris e canta em inglês, se declara fã de Rolling Stones, The Velvet Underground e Nina Simone, mas também ama Justin Timberlake. A Tpm bateu um papo com Lisa para mostrar um pouco dessa garota independente, que, apesar da pouca idade – que não conta, mas o rosto denuncia –, já tem sete discos lançados. No Brasil, ela divulga seu último trabalho, o CD 12.000 Waves.

Como você definiria seu estilo musical?
Isso eu não sei.

Algumas pessoas a chamam de indie, você concorda?
Bom, eu sou uma garota bem independente, então, por que não?

Como você começou sua carreira?
Comecei tocando minhas próprias músicas quando ainda estava no colégio. Mas eu cantava desde criança, com a minha família. Depois, comecei minha banda, quando tinha uns 17 anos. E sempre toquei na banda Herman Dune com meus irmãos.

E você ainda canta com o Herman Dune?
Sim, gravamos um álbum juntos recentemente. E sempre que podemos nós tocamos juntos.

Quais são suas principais influências? O que você ouviu e o que ouve agora?
Eu não sei quanto a influência, mas eu cresci ouvindo muito hip hop, além de músicas dos anos 50 até o fim da década de 70, principalmente rock. Eu sou uma grande fã de Rolling Stones, The Velvet Underground, Nina Simone, e grupos como os Shangrilas.

Quais são suas inspirações pra escrever? Quais são os temas preferidos?
Se tivesse um favorito... É verdade que eu amo escrever sobre animais ou viagens, mas a maioria das músicas é sobre qualquer coisa que surge na minha cabeça. Pode ser algo que tenha acontecido no dia ou algo que me deixa feliz ou triste. Mas eu gosto mesmo de escrever sobre histórias do dia-a-dia.

E quanto ao seu estilo pessoal? O que você gosta de vestir, de fazer...
É difícil responder isso, porque é sobre mim, sabe? E eu não tenho uma boa visão de mim mesma. Quanto às roupas, não sei, gosto de coisas normais, meio dos anos 70, peças vintage. Já quanto à minha música, eu não sou uma boa instrumentista, então eu só toco melodias bem simples.

Você nunca fez aulas de instrumentos?
Eu até deveria, mas daí eu desisto depois de uma semana ou duas.

Quais instrumentos você toca?
Eu tento tocar guitarra e teclado.



Conte um pouco sobre a influência do hip hop no seu trabalho.
Bom, o primeiro instrumento que comprei com meu próprio dinheiro foi um drum machine, e com ele eu treinei meus primeiros beats em hip hop. Mas eu gosto dos acordes bem crus, nada muito eletrônico. Se eu pudesse simplificar bastante, gostaria de tocar só duas cordas em um ritmo bem hip hop.

Como tem sido o público brasileiro nos shows?
É um público diferente, bem legal e aberto. Mesmo eu não falando português, tive shows ótimos. Cada lugar é uma reação diferente.

Você já tocou com muita gente. É verdade que a cada trabalho, álbum ou show você muda os membros da banda?
Sim, até mesmo aqui no Brasil eu fiz amigos com os quais gostaria de fazer uma parceria. Então quem sabe da próxima vez que eu vier não toco com músicos de São Paulo. Ou até monto uma banda brasileira.

No show aqui em São Paulo, você tocará acompanhada?
Vou me apresentar sozinha mesmo.

Não tem nenhum músico ou membro da equipe que está sempre com você?
Não, mas minha banda começou com o Menam, que também é da Herman Dune. A gente gravou um primeiro CD com 22 músicas, compostas por nós dois. Mas depois disso, as pessoas que compunham a banda começaram a variar.

Você já lançou sete álbuns, todas as músicas são composições suas?
Quando não são covers, geralmente sou eu mesma que escrevo as músicas. Mas já compus com os meus irmãos também, além de alguns amigos em Nova York. Mas isso é apenas uma música em cada álbum.

Em quais lugares você já gavou seus CDs?
Já gravei em NovaYork, Chicago, Suécia, Paris, Inglaterra. Um em cada lugar.

Seus pais também são músicos, qual a influência disso sobre você?
Bom, meus pais não são músicos profissionais, mas eles amam música e meu pai toca a bateria dele o tempo todo. Então a gente cresceu ouvindo meu pai e seus amigos tocarem em festas. Sem contar que meus irmãos têm uma banda desde que eu posso me lembrar por gente.

Atualmente, que som você está curtindo?
Eu ouço bastante as bandas dos meus amigos. Eu amo a música deles. Muitas bandas de Nova York e Londres, eles fazem sons bem psicodélicos.

Você fez uma versão de "Cry Me a River", do Justin Timberlake. Por que essa música?
Ah, eu amo o Justin e eu realmente acho essa música incrível.

Então, você gosta de música pop?
Sim, claro. Adoro Justin Timberlake, algumas músicas da Britney Spears.

E por que tanta influência americana no seu trabalho?
Eu cresci ouvindo música americana, vendo filmes americanos e até lendo livros americanos. Toda a minha cultura vem daí.

Você tem algum hobby? Você queria passar um tempo no Havaí surfando...
Sim, esse é um dos meus projetos...

Mas você surfa ou ainda quer aprender?
Bom, eu consigo ficar em pé na prancha, mas não sou muito boa, quero aprender melhor.

Aqui no Brasil, Lisa já se apresentou em Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Hoje (17/4) ela faz um único show em São Paulo.

Vai lá: SESC Vila Mariana (dia 17/4, às 20h30) Quanto: R$ 12 (ingressos esgotados)

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