A cantora gravou seu primeiro DVD em São Paulo e conta para a Tpm como foi
Ainda sem data de lançamento, a cantora Céu gravou seu primeiro DVD em um show intimista em São Paulo. Ela conta como foi a escolha do repertório e os próximos passos da carreira.
Com quatro discos na bagagem, Céu gravou seu primeiro DVD, o Caravana Sereia Bloom, agora em julho. O show foi aberto ao público e aconteceu no Centro Cultural Rio Verde, que fica na região da Vila Madalena, em São Paulo. Para a apresentação, ela reuniu canções de toda a carreira e preparou uma cenografia com elementos inspirados na cultura brasileira e com referências ao cinema.
Agora a cantora pretende levar este mesmo show pelo Brasil. Para a Tpm, ela conta como foi a experiência e revela que ficou muito feliz com o resultado.
Tpm. Como foi a sua preparação para a filmagem?
Céu. Foi uma longa jornada achar a equipe certa, viabilizar, achar o lugar... Mas quando isso aconteceu, foi bastante rápido, fizemos algumas reuniões pra afinar as idéias e pronto. Já estávamos com o conceito bem definido, isso ajudou bastante.
Você incluiu canções de toda a sua carreira até aqui ou só novas? Como foi a escolha do repertório? Sim, dos três discos. Fiz basicamente o que tenho feito nos shows, já que toco músicas dos outros discos também... Acrescentei algumas outras, mas não muitas. Acho que um DVD muito longo poderia ficar cansativo.
A gravação foi no Centro Cultural Rio Verde, em São Paulo, para duzentas pessoas. Como foi a escolha do lugar da gravação? Ser para poucas pessoas foi proposital? O Rio Verde foi o espaço escolhido, por ser lindo, por ter muito a ver com o cenário da Caravana e por ter nos recebido calorosamente. Foi a primeira vez na vida que eu tive a possibilidade de ter e priorizar um cenário mesmo, feito para a Caravana, visto que era a gravação do DVD. E combinava mais com o universo desse show um lugar menor, mais aconchegante... Disponibilizamos para venda a quantidade de ingressos que a casa comportava, um número por sinal maior do que os liberados para os convidados.
"Se tomasse uma proporção pesada, perderíamos o que sempre foi mais legal desse trabalho: a naturalidade [...]"
Como foi a sua preparação para a gravação? Foi intensa por um lado, de refletir sobre todo esse tempo na estrada e ter que imprimir essa história, não só minha, mas também dos músicos, da equipe que está comigo há tantos anos, dos fãs... Tudo em apenas um show! Não é fácil, mas ao mesmo tempo, se isso tomasse uma proporção pesada, perderíamos o que sempre foi mais legal desse trabalho: a naturalidade, a coragem, a segurança que sempre teve que andar lado a lado, estivessemos nós na pior situação do mundo. Acho que foi lindo, estávamos todos muito felizes, inteiros, seguros e nervosos ao mesmo tempo. Acho que significa que tava todo mundo bem vivo ali. Ah sim, e bebendo muuuita água antes, coisa que as vezes eu esqueço de fazer.
E as influências para a composição de cenário? A Caravana tem um universo bem brasileiro, poluído, que traz referências do cinema nacional, do fundo do mar e da minha memória afetiva. A turma da Zepellin trouxe isso a tona de maneira belíssima. Fiquei muito feliz com o resultado.
Quando o DVD deve ser lançado? Acredito que lá por outubro/novembro
Com ele gravado, a sensação é de ter feito tudo como queria? Ai... Acho que essa sensação eu ainda não tive, sou inquieta! Mas, pro DVD, certeza que cheguei pertinho.
Você também está trabalhando um novo projeto ou vai fazer shows em cima do DVD por enquanto? Farei shows ainda do DVD. Agora, os de lançamento serão em lugares maiores - assim espero. Se eu pudesse fazer uma temporada no Rio Verde da gravação do DVD seria incrível, mas não tínhamos verba pra isso.
"Aprendi que nunca se pode perder a maior matéria prima da criação: a curiosidade"
Você se sente mais madura depois desse tempo de carreira? Sim, experiência é tudo, traz calma e mais segurança. Mas aprendi que nunca se pode perder a maior matéria prima da criação: a curiosidade.
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