O argentino mais baiano de todos volta à cidade
Até o fim de janeiro a Embaixada do Brasil em Buenos Aires apresenta a mostra retrospectiva do artista plástico Carybé, argentino naturalizado brasileiro. Se trata da primeira exibição do artista em solo portenho desde a sua morte, em 1997.
“Carybé foi um artista que sempre trabalhou a integração dos países sul americanos através da arte”, diz Solange Bernabé, curadora da exposição. Segundo ela, a mostra “é um reencontro do artista, que era brasileiro por opção, com a terra onde nasceu”.
Estão sendoa apresentadas 73 obras, dentre elas pinturas a óleo, desenhos, esculturas e ilustrações produzidas por Carybé na Argentina, Bolívia, Itália e Brasil. A mostra também conta com dois vídeos inéditos que mostram o artista trabalhando e revelando sua intimidade.
Sobre o artista
Nascido em Lanús, na grande Buenos Aires, Héctor Julio Páride Bernabé (internacionalmente conhecido como Carybé) é um dos principais artistas plásticos do século XX. Depois de morar em Gênova, Roma, Rio de Janeiro e várias outros lugares; em 1950 ele se mudou definitivamente para Salvador, cidade onde permaneceu até a sua morte, ocorrida durante uma cerimônia no terreiro de candomblé Ilê Axê Opô Afonjá, em 1997.
Sua relação com o Brasil, em particular com a Bahia, começou quando ele leu o livro Jubiabá, de Jorge Amado, e decidiu conhecer Salvador. Foi aí que ele começou uma amizade com o autor que durou a vida inteira.
Ilustrador de várias obras de Jorge Amado, Carybé foi um dos criadores da Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho. Ele foi reconhecido internacionalmente através da sua ampla obra pictórica, sobretudo desenhos e aquarelas, além de murais, esculturas, retratos, técnicas mistas e demais linguagens visuais.
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Auditório da Embaixada do Brasil em Buenos Aires
Arroyo 1142
Segunda a sexta das 12h às 19h e sábado das 11h às 16h
A entrada é gratuita