Bamboleo, bambolea

Tpm

por Camila Eiroa
Tpm #153

Mariana é uma mexicana de 22 anos que veio para o Brasil com um bambolê nas costas, conheceu outras duas meninas apaixonadas pela atividade e, juntas, montaram uma companhia intinerante que espalha o bambolear por aí

Mariana Yomared, 22, é da Ciudad del México, e há doze anos veio para São Paulo com um bambolê, presente de sua tia na época do colégio. Ela começou a se apresentar para pessoas mais próximas e também em festas de rua, foi quando percebeu que o interesse pela atividade era gigante.

Nisso, conheceu Anaïs Goedert, brasileira que queria colocar as pessoas para bambolear por aí. Juntas criaram a CIA Bambolística, grupo que dá aulas de bambolê em espaços públicos de São Paulo desde junho de 2014. Com o tempo, outras pessoas foram se aproximando do grupo e levando a técnica para fora da capital paulistana, tornando a companhia intinerante.

Oficialmente, são cinco pessoas na CIA e apresentações já foram feitas em Belém, Rio de Janeiro e Florianópolis. "É uma companhia mutante, espalhamos o bambolê para vários cantos e as pessoas levam o nosso ideal por aí. Queremos despersonificar a companhia para que ela seja de todos os bambolistas", diz Mariana.

Ela também conta que a procura pela modalidade aumentou muito nos últimos meses, nas aulas tem meninas de 13 anos, mulheres de 50 e "tios" em busca de uma alternativa para a malhação. Já nas apresentações, cada um dos artistas consegue tirar em média cem reais a cada quatro horas. Para Mariana, "São Paulo sabe reconhecer a cultura de rua. Muita gente fica reunida, parece uma festa".

A atividade deu tão certo que a mexicana largou o seu emprego como garçonete para viver de bambolê, Hoje, além das aulas, tem sua própria loja onde vende os aros confeccionados exclusivamente. "O bambolê mudou a minha vida. Nunca gostei de esportes, mas bambolear é como uma brincadeira", diz.

Assim como a CIA, Mariana quer levar seus conhecimentos para outros lugares e também aperfeiçoar o que já sabe. "É legal ver que, se eu parar, o negócio vai continuar. É isso que eu queria. Agora estou pensando em voltar para o México e depois ir para a Califórnia em um acampamento intensivo de bambolê."

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