Vai uma florzinha hoje? Amigas rodam SP de bike vendendo arranjos lindos a preço de banana
Combinamos de encontrar a florista Marina Gurgel em frente à editora, já que ela passa pela Trip todos os dias, inclusive tem uma clientela fiel aqui. Ela dá um toque por inbox no Facebook avisando que havia chegado. Saio do prédio e não há dúvidas de que a bicicleta abarrotada de flores estacionada na calçada, com três mulheres em volta escolhendo modelos de arranjos, só pode ser A Bela do Dia, floricultura itinerante que Marina, 27 anos, toca ao lado da sócia Tatiana Pascowitch, 39, desde abril deste ano.
O negócio funciona assim: duas vezes por semana saem às 5 da manhã em direção ao Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), onde compram plantas e flores. “A gente leva o que tem no dia e tenta fazer a conta [de quanto pegar] conforme as encomendas e o que imaginamos vender, considerando a previsão do tempo. Por isso conseguimos vender mais barato e perdemos poucas flores”, explica. Sim, a previsão do tempo é uma aliada importante para A Bela do Dia, que, além de vender flores mais baratas, o faz de bicicleta, circulando diariamente pelas ruas de Pinheiros e da Vila Madalena. Quem está fora dessas regiões pode comprar fazendo uma encomenda.
A simplicidade dos preços e da maneira de vender, garante Marina, têm feito sucesso principalmente entre o público jovem. As meninas cobram, na bike, de R$ 5 a R$ 25 pelos arranjos que acomodam em vasinhos reaproveitados (latas de achocolatado, garrafas de vinho e de produtos químicos). Ligamos para floriculturas da região de Pinheiros, onde fica o ateliê das meninas “em um espaço de coworking”, e não se compra um bom arranjo por menos de R$ 40. “Só trabalhamos com as melhores flores”, justificou um dos atendentes. “Cada um põe a margem [de lucro] que quer”, Marina já havia me adiantado.
Independente dos ganhos financeiros, para a florista o que já faz o a iniciativa valer a pena é a resposta das pessoas na rua. “Muita gente que está com cara fechada abre um sorriso quando vê a bicicleta. Tem homem que chega e conta como é a namorada dele e escolhemos o arranjo juntos, tinha um cliente na suíça que queria presentear a mãe no Dia das mães e ajudamos... Às vezes a pessoa liga de novo para dizer que amou o presente. É muito gratificante trabalhar com flor”, considera.
Vai lá: www.abeladodia.com