Where were you while we were getting high?
Oasis em SP: banda inglesa se apresentou para 25 mil pessoas, sábado (9) na Arena Anhembi
Área VIP é isso aí
Por Eva Uviedo
em 24 de novembro de 2010
@liamgallagher: ‘SP, wasn’t feeling too good last night, got a bit of the flu, you lot were beautiful as always, take care, see you soon’
Apesar da gripe de Liam Gallagher, do mau tempo e do preço dos ingressos, o evento superou expectativas. Das filas e tumulto que marcaram o festival Just a Fest, que trouxe o Radiohead em março, não se viu nem sinal. Entrada e saída da Arena Anhembi fluiram bem e a forte chuva, que castigou a platéia durante a apresentação do Cachorro Grande, parou minutos antes do das 22h, horário em que a banda Oasis – com pontualidade britânica – subiu ao palco.
Empolgação não é exatamente uma qualidade que deve ser esperada de uma banda inglesa, e o Oasis não poderia ser diferente: Liam mal tirou a mão do bolso, quando muito para segurar a meia-lua – e pouco tocar; e Noel Gallagher não é mesmo de muitos sorrisos. Ainda assim, falaram bastante com o público, Liam posou para fotos, em um misto de convencimento e simpatia, jogou o instrumento pra platéia, fez coraçãozinho com as mãos (!) e Noel chegou a mandar beijinhos para a platéia (!).
Apenas uma ocorrência ameaçou estragar o humor dos músicos, quando arremessaram pequenos objetos em direção ao palco: “Se vocês continuarem a atirar coisas no palco, nós vamos sair. É sério.”
Sem grandes surpresas em relação às apresentações anteriores da turnê, o setlist equilibrou canções do mais recente álbum, Dig out your soul, com antigos sucessos como “Don’t look back in anger” e “The masterplan”, em um show de rock direto e sem firulas visuais. No meio da platéia, um apelo: “Please, don’t play ‘Live forever'”; provocação, pedido sincero ou tentativa de conseguir o contrário? Liam limitou-se a apontar para a faixa e fazer um sinal de negativo com a mão. E não tocaram.
Assim como todos nós, Noel se perguntava: “O que há com o Oasis e com São Paulo? Sempre que tocamos aqui chove”. Mas, ao contrário da chuva torrencial do começo ao fim do show em 2006, o tempo ficou estável, as nuvens se dispersaram e a lua cheia apareceu logo nos primeiros acordes de “Wonderwall”. Momento mágico – digno da banda que encerrou com “I am the Walrus”, cover dos Beatles (em apropriação tão justificada que poderia dizer-se que a música é deles), da trilha de Magical Mystery Tour. Desta vez, o tempo abriu.
Oasis – Wonderwall” @ São Paulo, 2009 from Urbanaque on Vimeo.
Ainda dá tempo:
Porto Alegre
Quando: terça (12), às 20h
Onde: Gigantinho, Rua Padre Cacique, 891, Praia de Belas
Quanto: R$ 120 (pista 1º lote) a R$ 180 (cadeira)
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