A havaiana Bethany Hamilton mostra como o medo não supera a paixão pelo surfe
Por Carlos Sarli
Não há dúvida de que o risco, e o medo que ele carrega, é um componente determinante na realização, no prazer, que se busca ao surfar. Superar os limites, que pode ser apenas deslizar em pé sobre a prancha ou descer uma onda de 20 metros, estimula e torna o esporte tão e mais fascinante.
Aos 13 anos a havaiana Bethany Hamilton já era apaixonada pelo surfe. Nascida numa família de surfistas no Kauai, Havaí, ela começou a sonhar e, efetivamente, se preparar para ser campeã mundial desde cedo. Foi quando um tubarão-tigre de cinco metros apareceu na sua praia e atrapalhou seus planos.
O que mudou? “Agora só tenho um braço e sou famosa”, disse a tímida Bethany na série de entrevistas que se seguiu ao acidente. Três semanas depois ela já estava na água tentando ficar em pé sobre a prancha. Um ano mais tarde voltava às competições – terminou a temporada 2008 em 14º no WQS.
Esta semana, cinco anos passados da perda total do braço esquerdo, Bethany esteve muito perto de realizar seu sonho de infância. Ela foi vice-campeã do Billabong ASP World Juniors, o Mundial Sub-21, disputado em Sydney, Austrália. Perdeu por menos de um ponto para a francesa Pauline Ado, 17, que se tornou a primeira não-australiana campeã mundial na categoria. Bethany já tem um livro publicado, um filme contando a sua história e até um perfume com seu nome, mas bom mesmo é vê-la na água, colocando pra dentro em tubos que intimidariam a maioria dos surfistas. Ela não tem medo, ao menos de ser feliz.
No sub-21 masculino também é o vice que mais interessa. O potiguar Jadson André, 20, disputou a prova como cabeça-de-chave número um e honrou a condição. Nas quartas-de-final contra o havaiano Kiron Jabour, filho do brasileiro João Maurício, somou 18,3 pontos e na semi, contra o americano Tanner Gudauskas, tirou a única nota 10 da competição.
Na final o havaiano Kai Barger, 19, levou a melhor e conquistou o terceiro título na categoria para o Havaí. O Brasil com quatro títulos segue como o maior vencedor.
MUNDIAL DE SURFE
O WCT este ano terá a volta opcional dos Top 16, que entram nas competições a partir da terceira fase, não terá a etapa de Fiji (são 10 as confirmadas por enquanto), a do Brasil passa a ser em junho e a premiação sobe para US$ 340 mil. No WQS a premiação das provas seis estrelas e Prime passa para US 145 mil, e a pontuação das Prime sobe para 3.500 pontos.
ESQUI NA NEVE
Competindo na Itália e na Suíça, Leandro Ribela bateu o recorde brasileiro no cross country – sprint, marcando 300,03 pontos FIS. O recorde era de Alexandre Penna desde 2001.
Não há dúvida de que o risco, e o medo que ele carrega, é um componente determinante na realização, no prazer, que se busca ao surfar. Superar os limites, que pode ser apenas deslizar em pé sobre a prancha ou descer uma onda de 20 metros, estimula e torna o esporte tão e mais fascinante.
Aos 13 anos a havaiana Bethany Hamilton já era apaixonada pelo surfe. Nascida numa família de surfistas no Kauai, Havaí, ela começou a sonhar e, efetivamente, se preparar para ser campeã mundial desde cedo. Foi quando um tubarão-tigre de cinco metros apareceu na sua praia e atrapalhou seus planos.
O que mudou? “Agora só tenho um braço e sou famosa”, disse a tímida Bethany na série de entrevistas que se seguiu ao acidente. Três semanas depois ela já estava na água tentando ficar em pé sobre a prancha. Um ano mais tarde voltava às competições – terminou a temporada 2008 em 14º no WQS.
Esta semana, cinco anos passados da perda total do braço esquerdo, Bethany esteve muito perto de realizar seu sonho de infância. Ela foi vice-campeã do Billabong ASP World Juniors, o Mundial Sub-21, disputado em Sydney, Austrália. Perdeu por menos de um ponto para a francesa Pauline Ado, 17, que se tornou a primeira não-australiana campeã mundial na categoria. Bethany já tem um livro publicado, um filme contando a sua história e até um perfume com seu nome, mas bom mesmo é vê-la na água, colocando pra dentro em tubos que intimidariam a maioria dos surfistas. Ela não tem medo, ao menos de ser feliz.
No sub-21 masculino também é o vice que mais interessa. O potiguar Jadson André, 20, disputou a prova como cabeça-de-chave número um e honrou a condição. Nas quartas-de-final contra o havaiano Kiron Jabour, filho do brasileiro João Maurício, somou 18,3 pontos e na semi, contra o americano Tanner Gudauskas, tirou a única nota 10 da competição.
Na final o havaiano Kai Barger, 19, levou a melhor e conquistou o terceiro título na categoria para o Havaí. O Brasil com quatro títulos segue como o maior vencedor.
MUNDIAL DE SURFE
O WCT este ano terá a volta opcional dos Top 16, que entram nas competições a partir da terceira fase, não terá a etapa de Fiji (são 10 as confirmadas por enquanto), a do Brasil passa a ser em junho e a premiação sobe para US$ 340 mil. No WQS a premiação das provas seis estrelas e Prime passa para US 145 mil, e a pontuação das Prime sobe para 3.500 pontos.
ESQUI NA NEVE
Competindo na Itália e na Suíça, Leandro Ribela bateu o recorde brasileiro no cross country – sprint, marcando 300,03 pontos FIS. O recorde era de Alexandre Penna desde 2001.