Status, Praia e Mar

por Luiz Alberto Mendes

 

Status

 

Tenho observado que as pessoas têm seus empregos qual fossem as coisas mais importantes do mundo. O medo de ser despedido é desmoralizante. Talvez porque o desempregado é pouco mais que um fantasma. As pessoas evitam, batem na madeira qual fosse doença contagiosa. Digo isso de cátedra: sou um desempregado crônico, um inempregável.  

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Nossos códigos de comportamento, de consumo e de estilo estão completamente voltados ao status. Não nos vestimos para proteger nosso corpo como seria natural. Observei as mocinhas de barriguinha de fora como ditava a moda e o rosto vermelho de tanto frio. Assim como tem griffe famosa de bermudas que usa veludo como tecido. Nada nesse campo é absurdo porque nós vestimos status. Vestimos informações acerca do que queremos aparentar.

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É a nossa vontade que comanda a nossa vida ou a nossa necessidade que transforma tudo o que vivemos em rotina obrigatória? Trabalhamos pelo salário. Raros aqueles que o fazem pela vontade de criar e produzir. Se pudéssemos, estaríamos na praia agora, espichados ao sol, tomando água de coco e quebrando umas ondas de vez em quando. Quem mora próximo à praia raramente vai ao mar. Por quê? Nós paulista ficamos babando quando se fala em praia e mar. Não conseguimos entender porque os cariocas que a gente conhece raramente vão à praia. Talvez saber que o mar esta ali à mão e não vai embora de repente, possa satisfazer. Mas acho que isso também deve cansar e virar rotina. Será que esse papo de que tudo o que é demais enjoa tem a ver?

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Luiz Mendes

13/03/2011.

  

 

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