Físicos quânticos questionam dogmas da ciência e dizem conseguir provar que Deus existe

Amit Goswami e outros físicos quânticos questionam dogmas da ciência e dizem conseguir provar que Deus (ou algo semelhante) existe. Conheça algumas de suas principais obras

Enquanto biólogos erguem A origem das espécies, de Charles Darwin, como o livro sagrado do ateísmo, criacionistas bufam em reação e tentam rotular a ciência como esnobe. O saldo é uma difundida noção de que a ciência moderna é inconciliável com qualquer ideia de Deus. Mas outros pensadores vêm chegando a uma ideia mais, digamos, ecumênica do que os cruzados ateus. Físicos como o indiano Amit Goswami estão tomando coragem para declarar publicamente o que pode soar como verdadeira blasfêmia entre Ph.Ds: Deus, paranormalidade e um universo holográfico existem. E não se trata de uma questão de fé, mas de uma teoria de fato, como os livros a seguir defendem.

Amit Gostwani
obras: Deus não está morto, A evolução criativa das espécies e O universo autoconsciente (Editora Aleph)

Amit Goswami é o mais famoso da turma. A cada dois anos, mais ou menos, lança um livro e a si mesmo em uma turnê mundial para promover a ideia de que – grosso modo – Deus existe. E ele pode provar. Virou autor best-seller e porta-voz de uma ideia que consola milhões de não-ateus esclarecidos pelo mundo: a de que não apenas as religiões, mas também as ciências, vivem reféns de dogmas e de pressupostos inquestionáveis. Nestes três títulos ele tenta, por caminhos científicos, explicar reencarnação, carma, evolução das espécies, sincronicidade e a necessidade de uma consciência universal por trás da existência de todo o universo. Algo que merece – por que não? – o nome de Deus.

Charles T . Tart
obra: The End of Materialism - How Paranormal Evidence is Bringing Science and Spirit Together (New Harbinger Publications)

Há 50 anos Charles T. Tart é um psicólogo de ideias pouco convencionais. Sua maior qualidade é também seu atestado de óbito nos círculos oficiais. Mas, se 10% do que Tart afirma no seu livro acontecer, no futuro ele será um Galileu da consciência. O cientista é um dos raros acadêmicos que se dá o trabalho de testar com rigor algumas hipóteses que seus colegas de profissão ridicularizam de saída. Na obra, Tart chega a uma fria conclusão: a mente não está restrita aos limites de seu corpo, tampouco os sentidos restritos aos cinco que nossa fisiologia parece oferecer.

Henry Stapp
obra: Mindful Universe: Quantum Mechanics and the Participating Observer (Springer)

Henry Stapp é uma das mais obscuras celebridades científicas. Quase ninguém o conhece, quase ninguém o leu. Seu livro foi editado por uma universidade e suas palestras no YouTube foram vistas por não mais que quatro dígitos. Mas suas ideias, difundidas desde os anos 70 (quando Stapp e alguns colegas experimentaram LSD para tentar solucionar dilemas da física), tiveram um impacto grande na cabeça de muita gente que, anos depois, ajudaria a criar a indústria de softwares na Califórnia. É um livro cabeçudo, de conceitos tão voláteis que eu quase não recomendo. Mas vale, se não o livro, ir um pouco mais fundo nas ideias do doutor Stapp: o universo não passa de luz. É a consciência que, iludida, o coloca de pé.

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