O amor como ele (também) é

por Natacha Cortêz
Tpm #158

Em Eu estava justamente pensando em você, as histórias açucaradas dos romances dão lugar a conflitos existencialistas típicos da vida real

O amor nem sempre é escolha. E, mesmo que seja, fracassar pode anular tudo. Eu estava justamente pensando em você fala um pouco disso, de que querer nem sempre é o bastante.

Dirigido pelo norte-americano Sam Esmail, o filme é forte e realmente bonito, pela fotografia e pelos diálogos dolorosos e lacônicos de um casal que, apesar dos pesares, carrega uma conexão transcendental e tenta se agarrar a ela. Kimberly, interpretada por Emmy Rossum, e Dell, vivido por Justin Long, têm um encontro pelo acaso enquanto tentam assistir a uma chuva de meteoros. Se apaixonam perdidamente e a partir dali são seis anos de relacionamento.

Para o telespectador, o enredo é uma viagem no tempo um tanto confusa, somos arremessados pra frente e pra trás durante toda a história do casal, mas a dupla, que tem pouco dos pares românticos da dramaturgia e muito dos casais da vida real, nos fisga – seja no coração ou na jugular. 

Vai lá: Eu estava justamente pensando em você, em Outubro nos cinemas

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