... e um segredo: a arte. Fotografia, música, literatura e moda, cada um com sua especialidade
JULIANO É AMIGO DE INFÂNCIA DE > > > > >
Foi numa visita ao pai, em Dubai, que Juliano Toledo, 32 anos, conheceu um agente que o pôs para tocar na noite. Filho da fotógrafa Vania Toledo, ele já registrava baladas de música eletrônica no Brasil e tocava em festas de amigos, como o músico Beto Lee. Há seis meses na capital dos Emirados Árabes, busca apoio para seu livro, um retrato da cena eletrônica paulistana. Autodidata como a mãe, Juliano entrou para a fotografia ao sair da publicidade, em 98, clicando eventos para o Jornal da Tarde. “Ia a cinco festas por noite”, lembra ele, que também fotografa moda, sua especialidade.
BETO, QUE CRESCEU AO LADO DE > > > > >
A filha de Beto Lee nasceu ouvindo música. O pai deixou Jimi Hendrix tocando na sala de parto e deu a ela o nome de uma canção do guitarrista, “Izabella”. Música não falta na família, visto os avós, Rita Lee e Roberto de Carvalho. Beto, 32, gravou com eles o DVD Multishow ao Vivo Rita Lee, que vai ao ar em maio. “Muita coisa não era tocada há tempos, como ‘Cor de Rosa Choque’”, conta ele, que cresceu vendo o escritor Antonio Bivar (na página seguinte) ir a sua casa. Em 2008, Beto comandou o Que Rock É Esse?, no Multishow. “O que me chamar eu faço. Não tenho medo de desafio”, solta
ANTONIO, QUE TRABALHOU COM > > > > > > > > >
Em sua ida anual a Londres, Antonio Bivar revisa um romance de memórias de seus 15 anos. Hoje com 70, tem é história pra contar. Na década de 80, disseminou o punk no país com um festival no Sesc Pompeia, em São Paulo, e editou a Interview brasileira, revista de Andy Warhol, onde conheceu Mario Mendes (ao lado). Com oito livros publicados, é um apaixonado pela obra de Virginia Woolf, tema de Bivar na Corte de Bloomsbury (ed. A Girafa, 2005), em que fala dos encontros literários que discutem a vida da escritora. “Convivi com Alain de Botton e Susan Sontag”, celebra.
> > > > MARIO MENDES
“Daqui, a vista é magnífica”, define Mario Mendes a respeito dos 50 anos vividos. Ele, que cursou jornalismo para ser crítico de cinema, começou na Interview e há dez anos faz a Daslu na Trip Editora. Mario é visto sempre na estica, embora compras não sejam um prazer. “Tenho preguiça de experimentar”, revela. Quando é preciso, resolve-se na Daslu, na Zara e numa loja de “artigos para cavalheiros”, no centro. “Conheço São Paulo do avesso, fico revoltado com quem só vê a cidade na Virada Cultural”, alfineta ele, que escreve uma ficção que tem São Paulo como protagonista.