O novo filme de Marcos Prado, do premiado Estamira, retrata a geração 2000
Premiado pelo documentário Estamira, o cineasta Marcos Prado, um dos produtores de Tropa de Elite 1 e 2, lança neste mês seu primeiro longa de ficção, Paraísos artificiais. A história, que trata de um triângulo amoroso, também discute a influência das drogas na geração dos anos 2000. “Meu filho estava com 15 anos na época, e descobri que a mescalina sintética, assim como todo tipo de ácido, estava em alta. Me informei e fiquei sabendo que conseguiam pegar efeitos de uma droga e sintetizá-la em químicos que não eram ilícitos e, portanto, podiam ser transportados por passageiros em aeroportos.”
Pesquisador nato, Marcos usou essa informação como ponto de partida da trama para contar a história de uma DJ de música eletrônica, vivida por Nathalia Dill, que acaba se apaixonando pelo personagem de Luca Bianchi – que mais tarde se envolve com tráfico internacional de drogas –, em Amsterdã. Completa o triângulo a atriz Livia de Bueno, que tem um caso com Nathalia no Brasil, onde ela discoteca em raves, festas de música eletrônica famosas por sua ligação com drogas sintéticas. “Queria retratar quem é esse jovem que absorve as informações na internet e não mais por meio de livros, tem certeza que vai viver 150 anos e muda de profissão a todo momento”, explica Marcos.
Apesar de ser da geração 2000, Nathalia Dill não frequentava raves e assumiu ter certo preconceito em relação ao estilo musical. “Nunca imaginei que entenderia esse tipo de som. Nunca pensaria em abordá-lo como tema. Pela primeira vez, a minha profissão me provocou. Não foi fácil sair do lugar cômodo”, confessa. Já Livia de Bueno teve algumas – boas – experiências com o gênero. “Tive o prazer de vivenciar o festival Universo Paralello em 2004/05. Pés na areia, sorriso largo e um som tão rico que só poderia ser o futuro. Foi inesquecível”, conta.
Vai lá: Paraísos Artificiais – estreia dia 4 de maio, sexta, nos principais cinemas do país
www.facebook.com/paraisosartificiais