No mês das mães mais criatividade, por favor

por Juliana Sampaio
Tpm #98

O que elas mais desejam é um dia como filhas e o fim da ”mãe perfeita”

É chegado mais um Dia das Mães. Lá vêm as tradicionais homenagens dizendo o quanto nós somos um poço de amor e de bondade. OK. Ou não. Nós gostaríamos mesmo era de ganhar alguns singelos presentinhos. Então aqui está, mais uma vez, nossa lista:

• Um dia (ou melhor, um ano) de filha. É assim: você acorda na hora em que bem entende e o seu café da manhã já está pronto. A geladeira está cheia sem que você tenha tido que se preocupar com isso. Você não decide o restaurante e, se tiver qualquer DR familiar por conta da escolha, não é você quem vai apartar. Você diz coisas do tipo: “Eu tô com fome” ou “Eu preciso de um All Star novo” e é atendida. E por aí vai.

• O fim de comerciais e matérias jornalísticas que começam assim: “Você, mãe, que tem a vida agitada e que tem que cuidar de tantas coisas...”. Gostaríamos de ver um que dissesse: “Todo mundo sabe que a vida do homem é cheia de atividades, como cuidar do trabalho, das crianças, manter a casa sempre linda e ainda ficar sarado para a mulher”. Assim, só pra variar.

• Coordenadores ou supervisores pedagógicos que não olhem apenas para a mãe ao falar sobre os problemas das crianças na escola.

• A extinção óbvia das fotos de mães com corpos “perfeitos” em pleno pós-parto com bebezinhos recém-nascidos no colo.

• A abolição definitiva e irrevogável da ideia da mãe perfeita. E, é claro, da culpa materna que vem sempre de carona.

 

fechar