(*) Layse Moraes é uma jornalista apaixonada por livros e mantém o blog Coração Nonsense
"Leila Diniz - Uma revolução na praia", de Joaquim Ferreira dos Santos - Em entrevista à Tpm 114, a antropóloga Mirian Goldenberg disse que queria a liberdade de Simone de Beauvoir e a felicidade de Leila Diniz. Esse livro é um perfil de Leila, aquela que ajudou a traçar o novo papel da mulher na sociedade brasileira dos anos 60 e 70. Foi chamada de vagabunda e alienada pela sua espontaneidade, convicção e alegria. Nas palavras de Drummond, ela, “sem discurso nem requerimento soltou as mulheres de 20 anos presas ao tronco de uma especial escravidão" / Créditos: Divulgação
"Ciranda de pedra", de Lygia Fagundes Telles - Publicado pela primeira em 1954, esse romance de Lygia Fagundes Telles gira em torno da personagem Virgínia, que passa por momentos difíceis com a família e tenta superar as limitações do mundo tipicamente masculino em que se encontra. "Ciranda de pedra" não só questiona a condição feminina em uma época em que esses questionamentos eram extremamente necessários, mas também transforma em uma reflexão que além de feminina é também humana / Créditos: Divulgação
"A bolsa amarela", de Lygia Bojunga Nunes - Esse livro - tão empoderador para o gênero feminino - é infantojuvenil mas alcança crianças e adultos. "A bolsa amarela" é a história de Raquel, uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades: a de ser gente grande, a de ter nascido menino e a de se tornar escritora. Ela então esconde todas essas vontades dentro da bolsa amarela. Lygia Bojunga toca em assuntos importantes com delicadeza e sensibilidade, misturando o mundo real de Raquel com o da imaginação / Créditos: Divulgação
"Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez - Como toda a obra de García Márquez, escritor colombiano considerado por muitos o último grande contador de histórias do século XX, Cem anos de solidão consegue juntar palavras incrivelmente bem escritas com uma história maravilhosa e envolvente. O romance narra a vida de várias gerações da família Buendía e tem como pano de fundo a Macondo, uma aldeia fictícia da América Latina. Tudo o que mais for dito não vai conseguir explicar o quanto esse livro é bom, mas o que o faz estar nessa lista é a força de suas personagens femininas, que são inesquecíveis / Créditos: Divulgação
"Um teto todo seu", de Virgínia Woolf - “Mas, dirão vocês, nós lhe pedimos que falasse sobre as mulheres e a ficção — o que tem isso a ver com um teto todo seu? Vou tentar explicar.” Esse trecho é o início do ensaio “Um teto todo seu”, um marco dos escritos feministas. Nele, Virgínia fala sobre a presença (ou ausência) feminina na literatura. Pelo título, Virgínia já deixa a pista de que as mulheres escritoras só puderam existir como tal depois de terem um teto todo seu / Créditos: Divulgação