Se os seres humanos são diferentes, por que não seria igual com as mães?
Se os seres humanos são diferentes, por que não seria igual com as mães? Nossas colunistas do Motherns colocam os clichês de lado e avisam que, sim, tem mãe superprotetora, mãe desencanada e até mãe que não ama a maternidade tanto assim
Ao contrário do que dizem por aí, descobrimos uma coisa meio óbvia: as mães não são todas iguais. Cada uma com seu mundinho, sua história, suas neuras, suas qualidades, seus defeitos, seus gostos e desgostos. Tem gente meio punk, tem gente que gosta de axé. Tem gente que gosta de sair, tem gente que gosta de ficar em casa. Tem gente que gosta de transar com homem, tem gente que transa com mulher, tem gente que transa com os dois e tem gente até que – pasmem – nem sexo faz. E nem liga. Então por que ia ser diferente com as mães?
Na tal da pós-mothernidade, dá pra ser um monte de coisas. Dá pra pensar em jeitos diferentes de ser mãe – e de ser pai também. Porque ninguém é igual a ninguém. E é aí que está a interessância das pessoas. Tem mãe que fura a orelha da filha, tem mãe que acha isso um absurdo. Tem mãe que pára de trabalhar, tem mãe que resolve fazer tudo. Tem mãe meio desligada e tem também as ligadonas. Tem mãe que liga as trompas depois do primeiro filho e tem aquelas que querem um time de futebol em casa. Tem mãe que adora ser mãe, tem mãe que nem tanto. Tem mãe que tem filho aos 15 e tem mãe que engravida aos 45. Umas mães ficam mais cuidadosas, outras ganham coragem. Tem mãe que resolve ser mãe dos filhos dos outros. Tem mãe que é de um jeito num dia e que muda no outro. Eu não sou igual à minha vizinha, nem igual à minha amiga, nem igual à minha mãe, nem igual a ninguém. Mãe muda muito. E nem é só de endereço.