Nina Lemos investiga o tal do Foursquare
Já reparou que no Twitter de alguns de seus amigos vez ou outra aparece escrito: “I’m at Livraria Cultura”. Ou “I’m at bar do Zezinho”. Ou “I’m at praia secreta”? Primeiro pensamento que nos ocorre nessas horas: e o que a gente tem com isso? Problema seu se você está está na praia, na chuva, na fazenda, na casinha de sapé. Mas fomos investigar do que se trata, antes de parecermos anacrônicas hippies antitecnologia.
Bem, o aplicativo que diz onde você está chama Foursquare e funciona pincipalmente no iPhone. Você pode usá-lo como se fosse uma rede social, tipo o Facebook. Ou compartilhar as informações no Twitter e no Face (e é aí que começa o problema).
Pelo que entendemos: você vai lá e escreve onde está. Fazer isso chama check-in. Sim, fazer check-in no bar da esquina parece, mesmo, um pesadelo.
Mas, como somos jornalistas independentes, antes de sair falando mal fomos entrevistar gente geek que ama o aplicativo. Segundo Guilherme Werneck, nerd de estimação da Tpm e editor de pesquisa e desenvolvimnto do Estado de S. Paulo, o Foursquare é bom porque:
– Você pode deixar dicas de lugares legais nas cidades e usar o programa como se fosse um guia de viagens. Por exemplo, você entra em um restaurante e, depois de fazer o seu check-in, fica sabendo qual prato deve escolher. Deu para entender?
– Você pode encontrar amigos que estão no mesmo lugar.
Desculpe, aê, Gui, mas não concordamos muito. Se você quer saber qual é a boa, basta perguntar para o garçom. E, se você quer encontrar amigos, basta olhar em volta.
E tem outra, sabemos de casos de pessoas que já foram perseguidas por ex-namoradas por causa do aplicativo! Sim, a moça leu que o fulano estava em certo bar no Facebook e... foi atrás dele! Por essas e outras, temos medo do Foursquare. Não queremos saber onde as pessoas estão. Queremos ter surpresas. E também não queremos que as pessoas saibam onde a gente está. We’re at onde a gente quiser.
P.S. A autora deste texto pode mudar de opinião, já que ela era contra o Twitter e hoje é viciada no negócio.