Odiada por uns e amada por muitos, a cor é tema de mostra em Nova York
Forte, vibrante, rebelde, doce, brega, chique. Odiada por uns e amada por muitos, o rosa é com certeza a mais polêmica das cores, aquela que causa atração e repulsa quase que na mesma proporção.
De um lado, é considerada uma cor “de menina”, feminina por natureza. Por outro, é tida como cafona, “difícil” e menor — no ano passado, uma jornalista do The Washington Post fez uma crítica às milhares de manifestantes que planejavam usar chapéus rosa na Marcha das Mulheres, em Nova York. Para ela, o acessório em uma cor tão fofa poderia banalizar as sérias questões feministas.
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Polêmicas à parte, o fato é que diversas culturas abusam do rosa em seus trajes mais tradicionais, vide roupas usadas em países como China, México e Índia, para citar apenas alguns. Para estudar o fenômeno de perto, o Museu do Fashion Institute of Technology (FIT), em Nova York, exibe Pink: The History of a Punk, Pretty, Powerful Color.
Com uma curadoria apurada, a mostra é composta por aproximadamente 80 peças criadas por grifes como Moschino e Commes des Garçons e estilistas como Christian Dior, Yves Saint Laurent e Jill Sander, além de outras datadas do século 18. “O rosa ganhou força nos anos 70 e se consagrou mesmo durante a década de 80, quando foi usada por vários nomes importantes da moda”, explica o stylist Marcio Banfi. “Há uma conotação política por trás da cor, porque, além do feminino, também representa a comunidade LGBT, simbolizada por um triângulo rosa.”
Vai lá:
Pink: The History of a Punk, Pretty, Powerful Color
Até 5 de janeiro de 2019
Museu do FIT, NY
Créditos
Imagem principal: The Museum at FIT/Divulgação