Isabeli Fontana: dores e delícias de uma top model

por Redação

Conhecida por desfilar para as maiores grifes do planeta, a modelo fala sobre os bastidores das passarelas, a maternidade precoce e a pressão para ser aceita

No papo exclusivo com o Trip FM, a supermodelo Isabeli Fontana, conhecida por desfilar para as maiores grifes do planeta, mostrou a realidade dos bastidores da moda e como é difícil manter a imagem perfeita que a indústria exige. Além disso, ela abriu o jogo e compartilhou as pressões que enfrentou ao começar tão jovem na profissão: "Aos 12 anos eu já andava de sapato alto para tudo o que é lado, de metrô, de ônibus e não era aprovada nunca. Era muito ruim, você se sente horrível, ainda mais na adolescência. É a pior forma de lidar com o negativo, de pensar que você não serve para nada".

Isabeli também revelou como quase perdeu todo o seu dinheiro e falou sobre sua gravidez precoce, além de compartilhar detalhes sobre seu relacionamento com o marido Di Ferrero. Confira o papo completo no player aqui em cima ou no Spotify.

Trip. A gente sempre lembra quando você fez uma capa com a Trip em 2007 e pediu para deixar a marca da sua cirurgia de apendicite. Naquela época você já antecipava essa luta pelo corpo real?

Isabeli Fontana. Desde pequena eu sempre quis ser aceita. Como eu vivi a adolescência trabalhando, sempre precisei estar dentro do padrão, da medida, e aí se eu falasse algo de errado para alguém que fazia o trabalho acontecer. Eram muitas coisas para carregar: traumas e cobranças. No meio disso, sempre quis servir o cliente, deixar com que eles ficassem satisfeitos com o ser que eu estava construindo. Viver uma vida inteira querendo suprir o que o outro acha que é perfeito é impossível. Algo em mim já estava gritando lá dentro: deixa a minha cicatriz aparecer, a celulite aparecer. Nem mesmo fazendo Paris Fashion Week eu conseguia aceitar a pessoa que eu era, porque era uma personagem, um ser que eu criei. Se eu fosse rica desde criança você acha que eu passaria por tudo isso? Passei porque a gente precisa de grana.

Como você lidou com as dificuldades da carreira de modelo tendo começado tão cedo? Aos 12 anos eu já andava de sapato alto para tudo o que é lado, de metrô, de ônibus e não era aprovada nunca. Era muito ruim, você se sente horrível, ainda mais na adolescência. É a pior forma de lidar com o negativo, de pensar que você não serve para nada. É preciso arrumar uma força interior muito grande. É um mercado muito competitivo.

Tudo na sua vida foi precoce, inclusive a gravidez. Eu fui a primeira modelo a engravidar no momento hypado da carreira. Eu tinha DIU, mas um dia eu fiquei doente na Itália e a ginecologista de lá tirou ele do lugar, não sabia nem o que era. Eu que já viajei o mundo sei como a saúde do Brasil é boa. Eu engravidei porque a médica tirou meu DIU do lugar. Engravidei aos 19 anos, mas me apaixonei pelo meu bebê. Foi um grande aprendizado na minha vida.

Créditos

Imagem principal: Divulgação

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