As newsletters estão de volta, menos marqueteiras e mais interessantes do que nunca. Fizemos uma lista das nossas cartas digitais favoritas
Hoje é impossível imaginar uma vida sem e-mail, aquele advento fantástico da era da internet discada que permitia “mandar um recado para alguém numa fração de segundo em qualquer parte do mundo”, certo? Mas, na infância, nossa geração construiu vidas sociais inteiras por meio de cartas, usando o correio, selos, papéis e caligrafia. O deleite de receber uma carta envolvia expectativa, curiosidade, tempo e dedicação do outro. Isso foi perdido no momento em que descobrimos que você pode receber imediatamente o que eu escrevo? Sim, em grande parte, mas existe um levante recente de marcas, veículos, personalidades e até pessoas físicas que apostam na newsletter, essa linda carta digital, como uma forma de estabelecer relações mais profundas e calmas com o seu leitor.
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Ainda um pouco confundidas com e-mail marketing, as newsletters estão de volta, menos marqueteiras (ou quase) e mais interessantes do que nunca.
De fato, não existe espaço mais nobre do que dentro da caixa de e-mail de alguém, lugar onde circulam informações importantes, confidenciais, profissionais e pessoais. Um microcosmo à disposição de quem estiver disposto a curar um bom conteúdo. Conheça as três que não saem do nosso inbox.
O spam
A escola de atividades criativas Perestroika tem uma das newsletters mais subversivas que a gente conhece. Os assuntos são randômicos, as fontes são diversas e o universo de interesse é amplo: bicicletas, alucinógenos, cultura digital, sintropia, lowsumerism, pornô feminista… Autointitulada de “o informativo despretensioso da Perestroika”, a cartinha chega às quintas-feiras com assuntos ótimos para desplugar a mente das redes sociais.
Vai lá: perestroika.com.br/ospam
Comum
A Comum é uma comunidade digital de mulheres, fundada pelas feministas Anna Haddad e Giovana Camargo e alimentada por uma rede de colaboradoras. A plataforma tem uma newsletter feminista que fala sobre maternidade, gordofobia, sexo, trabalho doméstico e outros assuntos urgentes. O objetivo do projeto é gerar acolhimento, trocar conhecimento e conectar mulheres para que cresçam juntas.
Vai lá: comum.vc
Artikin
Eduardo Biz, pai do aplicativo Artikin, é também um excelente comunicador. Em teoria, o app é apenas um feed alimentado pelas exposições de arte contemporânea mais legais de São Paulo por ordem de término. Na prática, é muito mais do que isso: Edu construiu um ecossistema ao redor desse serviço, oferecendo informação curada, vídeos e textos para aproximar o usuário de suas descobertas artísticas.
Vai lá: artik.in
Ada
Sim, a newsletter do Ada é nossa mesmo e não temos vergonha de falar dela por aqui. Ela é feita com carinho, a partir de uma curadoria que leva no mínimo uma semana para entregar os assuntos mais relevantes do mundo da tecnologia para mulheres.
Vai lá: ada.vc