Cinema, diversão e arte

por Carol Sganzerla
Tpm #91

A atriz Mariana Ximenes, dois cineastas e uma curadora de arte: eles se veem nas telas

Karim, em Berlim, hospedou

É a segunda vez que o diretor vai à capital alemã elaborar um roteiro de filme. A cidade, segundo ele “inspiradora”, serviu de casa pela primeira vez quando escreveu O Céu de Suely, em 2004. Agora, aos 43 anos, Karim Aïnouz finaliza o texto do provisório A Praia do Futuro, que se passa tanto na praia homônima que frequentava na sua Fortaleza natal quanto na Berlim pós-queda do muro. Há dez meses fora do Brasil, ele aproveita o verão “da cidade irreverente e sem tanta rigidez” para pedalar, tomar café da manhã na rua e assistir a filmes nos cinemas ao ar livre.

Luisa, que é amiga de . . .

Não foi de bate-pronto que Luisa Duarte, 30, elegeu três artistas plásticos jovens que admira: Sara Ramo, Nicolás Robbio e Thiago Rocha Pitta. Afinal, aos olhos da curadora de arte carioca correm obras do mundo, como as da Bienal de Arte de Veneza, onde esteve em agosto (e aproveitou para dar um pulo em Berlim). Há dois anos e meio na capital paulista, Luisa leciona na Faculdade Santa Marcelina e fez curadoria para a 28ª Bienal de São Paulo. O que a atrai na profissão? “A possibilidade de obter uma visão poética e crítica do mundo onde vivo”, define.

. . . Mariana, que fez um curta de

Ela faz longas pausas enquanto conversa com a reportagem da Tpm porque quer explanar suas opiniões. Mariana Ximenes é cuidadosa. E gosta de ir a fundo no que se interessa. “Sou apaixonada por processos de criação”, assume a atriz de 28 anos, à medida que conta sobre as filmagens de Quincas Berro D’Água, longa de Sérgio Machado rodado na Bahia este ano, em que ensaiou com a preparadora de elenco Fátima Toledo, conhecida pelo trabalho intenso com os atores. “Eu saí diferente, mexeu”, revela a atriz, que protagonizou, em 2003, o curta Uma Estrela para Ioiô, do personagem ao lado.

Bruno

A ansiedade de Bruno Safadi saltava ao telefone. Compreensível. Dali a 40 minutos o cineasta assistiria à primeira cópia do seu documentário, Belair, sobre a produtora dos diretores Júlio Bressane e Rogério Sganzerla, que existiu em 1970. Fã do cinema marginal, o carioca de 29 anos explica sua adoração: “Eles colocavam a linguagem do cinema em primeiro lugar. Talvez os filmes deles sejam os mais jovens do país, têm frescor”. Sócio da TB Produções, Bruno finaliza o roteiro de Éden, que terá uma evangélica como protagonista. Se tudo der certo, Mariana Ximenes é quem vai interpretá-la.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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