por Ariane Abdallah
Tpm #97

Dira Paes assume essa Tpm como editora convidada e rechea nossas páginas com dicas

Ela faz cinema desde os anos 80 e ganhou fama com suas personagens “do povo”. Na Tpm que você tem em mãos, Dira Paes mostra seu lado mulher-antenada e enche a edição com suas dicas e experiências

Dira Paes é protagonista do cinema brasileiro há 25 anos. Aos 42, essa paraense de Abaetetuba recebe a reportagem da Tpm num teatro carioca, onde ensaia Caderno de Memórias, do dramaturgo e cineasta francês Jean Claude Carrière (estreia dia 9 de abril). De short, bota e andar firme, ela desce do palco e dispara ideias para rechear esta revista.

Famosa por suas personagens populares, Dira acredita carregar uma imagem de “representante do povo”. Entre elas, a fogosa Norminha, da novela global Caminho das Índias (2009); a matriarca de Dois Filhos de Francisco (de Breno Silveira); a baiana que retorna à cidade natal ao voltar do exterior, em Ó paí Ó (de Monique Gardenberg), em que contracena com o amigo entrevistado das Páginas Vermelhas, Wagner Moura; a Solineuza, do seriado global A Diarista... “Porque vim do Norte pensam que sou uma vencedora”, conta ela, que se define como uma “mulher contemporânea”.

Mas, vamos aos fatos, Dira é, sim, vencedora: são 30 longas, 3 novelas, 5 peças e 20 prêmios no currículo. De família classe média, a atriz é idealizadora e diretora-executiva do Festival de Belém do Cinema Brasileiro, produtora do Circuito FestCineBelém, autora do livro infantil Menina Flor e o Boto, mulher de Pablo Baião (um dos diretores de fotografia de Tropa de Elite 2) e mãe de Inácio, 2. Dê uma olhada em seu dia a dia no “24 horas”, na seção Bazar.

Nesta Tpm, Dira apresenta sua turma na seção Amigo-da-Amiga e conta como foi passar dias no edifício paulistano Prestes Maia, ocupado pelo Movimento dos Sem-Teto do Centro, na preparação para o filme Estamos Juntos, de Toni Venturi, prometido para o segundo semestre deste ano.

No palco, ela interpreta uma mulher que não se prende a nada na vida. “Não sou tão louca quanto ela, mas existe essa mulher em mim”, confessa Dira, sob direção de Moacyr Goés.

Enquanto não estreiam os longas Sudoeste (de Eduardo Nunes) e Amazônia Caruana (de Tizuka Yamasaki), previstos para o segundo semestre, sinta um pouco do universo de Dira, impresso nesta Tpm.

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