Cantora, atriz e Trip Girl abre o jogo: ”Me chamam de despudorada e isso eu sou mesmo”
Ela é uma talentosíssima atriz e cantora que desempenha um papel bastante importante e particular no universo artístico brasileiro. Filha do pianista, compositor e maestro Laércio de Freitas, desde muito cedo ela sabia que seguiria pela estrada das artes. Tanto é que aos 14 anos, assim que se sentiu segura para caminhar sozinha pelas ruas de São Paulo, achou nas Páginas Amarelas o telefone do Teatro Escola Macunaíma e agendou sua primeira aula. Na televisão, estreou 1996 na histórica telenovela Xica da Silva, da Rede Manchete, folhetim que lançou outra bela e talentosa atriz, Taís Araújo. Desde então foram 11 novelas, dentre elas Laços de Família, O Clone e, mais recentemente, Caras e Bocas.
Na música, além do disco solo lançado em 2004 e do trabalho com a big band Orquestra Imperial, ela funciona como uma espécie de ponte e de argamassa entre músicos de diferentes origens e estilos. O papo hoje aqui no Trip FM é com a bela Thalma de Freitas, que além de encantar o público com seu trabalho nas artes cênicas e na música, agora deslumbra os leitores da Trip com o ensaio sensual que ela fez para a edição de maio, especial anonimato, que já está nas bancas.
Durante a entrevista, Thalma falou sobre o muito elogiado ensaio que protagonizou na Trip, a carreira de cantora, Orquestra Imperial, a vida de atriz da Globo, de sexualidade e do difícil começo de carreira, com passagens por várias escolas de teatro, cursos de modelo e aulas de dança.
"Minha mãe sempre disse que a nós éramos de uma classe flutuante, porque nunca sabíamos como ia ser o próximo mês. Mas eu tinha que ser artista. Não sei fazer mais nada; só sei fazer isso. Já é bastante coisa, eu sei, mas não sei fazer nenhuma conta. Minha conta do banco, coitada de mim", ela ri. "Se você é artista, se quer viver de ser artista, você não pode chegar pensando em ganhar dinheiro. Não é pra isso que a gente é artista. A gente é artista para ser feliz."
Quando o assunto é sexo, Thalma é eloquênte como poucas mulheres. Na entrevista ela falou sobre a descoberta de sua sexualidade e a relação muito aberta que sempre manteve com a mãe, de quem seguia os conselhos e com quem sempre conversava a respeito de seus desejos durante a juventude.
"Não é que eu era chavequeira, mas eu tinha a sensualidade muito à flor da pele desde muito cedo. Porque eu gostava de dançar, eu gostava rebolar, de me mostrar. Eu era uma exibida, louca, louca, louca... E a minha mãe, percebendo isso, sempre falou muito comigo sobre sexo. Esses dias mesmo ela disse que lembrava de mim com menos de dez anos dizendo:'mãe, hoje eu tive minha primeira experiência sexual'", revelou Thalma, arrancando gargalhadas no estúdio. "Ela quase desmaiou, coitada. Aí comecei a contar que eu estava só beijando um menino. Ela respirou aliviada".
"Eu perdi a virgindade até que tarde, porque eu sabia que, enquanto eu fosse virgem, todas as preliminares seriam para mim. Depois que eu perdi a virgindade eu demorei muito tempo até achar um cara que se dedicasse a mim nas preliminares. Eu amava ser virgem, mas até tive um namorado que terminou comigo porque eu não queria dar pra ele", comenta com muita desenvoltura, revelando uma vontade antiga. "Quando eu ficar mais velha quero fazer um programa como o da Sue Johanson [apresentadora de um talk show de educação sexual nos EUA] para falar de sexo na televisão. Me chamam de despudorada. E isso eu sou mesmo."
O Trip Fm vai ao ar na grande São Paulo às sextas às 20h, com reprise às terças às 23h pela Rádio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz