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Lygia da Veiga Pereira

por Alexandre Potascheff

Eleita cientista do ano, Lygia da Veiga Pereira faz pesquisas de ponta com células-tronco

Lygia da Veiga Pereira vem de uma família intimamente ligada à literatura e às ciências humanas, mas resolveu trilhar sua própria história e explorar outros campos científicos. Formada no fim da década de 80 em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, ela acabou sendo sugada pela biologia graças ao avanço nas pesquisas sobre o genoma e sobre o mapeamento genético de diferentes formas de vida.

Depois de um mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e de um doutorado em Ciências Biomédicas pelo Mount Sinai School of Medicine, em Nova Iorque, ela se tornou uma das geneticistas mais importantes e didáticas do país. Seu conhecimento em genética permitiu que ela fizesse parte, em 2001, do grupo de cientistas que criaram o primeiro camundongo transgênico do Brasil. No fim do ano passado, outro feito marcante, a equipe de Lygia foi a primeira do país a conseguir extrair e multiplicar células-tronco retiradas de embriões congelados, colocando o Brasil no seleto grupo de países que dominam essa tecnologia.

Autora de livros como Seqüenciaram o Genoma Humana, e Agora? e Clonagem: Fatos e Mitos, sua didática e desenvoltura para tratar do tema a tornaram personagem central no conturbado debate nacional sobre a aprovação do uso de células-tronco embrionárias, debate que se encerrou, por enquanto, no ano passado. Professora da Universidade de São Paulo, Lygia da Veiga Pereira foi eleita pela revista Info Exame a cientista do ano de 2009.

 

Trechos extras da entrevista

Para quem gostou da entrevista com a cientista Lygia da Veiga Pereira e ficou querendo mais, a gente separou aqui no site um material inédito dessa entrevista, que teve que ficar de fora do programa por uma questão de tempo. Nesses trechos que você confere abaixo, Lygia detalha o trabalho de uma geneticista, fala sobre a realidade de se fazer pesquisas científicas no Brasil, comenta como a comunidade científica se posiciona frente à questões que envolvem a ética, a moral e a religiosidade das pessoas, fala sobre as características excepcionais, quase mágicas, das células-tronco, trata do limite entre a ciência e o místico e ainda conta como lida com a ansiedade, ela que sempre está envolvida em projetos de longo prazo

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