A atriz Zezé Motta foi ovacionada na mesa que discutiu as questões relacionadas ao envelhecimento e à autoestima
A atriz Zezé Motta subiu no palco da Casa Tpm promovendo comoção na plateia. Junto dela, participaram da mesa a antropóloga Mirian Goldenberg, a estilista Helena Schargel e a jornalista Vânia Goy, em uma conversa sobre envelhecimento, a convite da marca quem disse, berenice?.
"Eu tenho um puta tesão de dizer que vou fazer 80 daqui uns dias", disse Helena, para abrir o papo. Mirian pesquisou o envelhecimento com mais de 5 mil pessoas e dividiu com a plateia algumas de suas conclusões. "As pessoas não conseguiam citar exemplos de homens que envelheceram mal, mas mulheres famosas que fizeram muitas cirurgias estéticas ou que namoram homens mais jovem foram lembradas como pessoas que envelheceram mal", contou.
"Não há uma ruptura: 'Ah, fiz 60 e agora tô velha. Continua sendo a mesma pessoa. Existe uma nova forma de envelhecer, mais livre, mais feliz, sem etiquetas. Estamos vendo uma geração de mulheres mais velhas que está provando que é possível envelhecer com liberdade e beleza", completou a antropóloga. Com certeza, Zezé Motta é um exemplo dessa possibilidade. "Quando eu era jovem era muito insegura. A idade me fez perceber que o tempo se encarrega de tudo. Encaro a vida com mais serenidade", disse a atriz, que comentou a experiência de posar nua, aos 75 anos.
Helena também fez, recentemente, fotos sensuais para sua marca de lingerie. "O propósito era gritar para outras mulheres da minha idade: 'Hello, vocês estão vivas e podem tudo'". Vânia Goy completa: "A gente precisa ver vocês de lingerie, a Betty Faria de biquíni na praia, senão a gente acha que isso não existe".
A mesa foi encerrada com uma performance de Zezé, que se colocou de pé para entoar a capella versos de "Poema dos olhos da mulher amada", de Vinicius de Moraes. Em seguida, foi a plateia que ficou de pé para ovacioná-la.
