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por Redação

O cantor paulistano deixa seu maior conselho no Trip FM: ”don’t take shit from anybody”

Supla é uma das mais carismáticas, divertidas e educadas figuras da música nacional. Filho de importantes figuras da política brasileira, ele alcançou considerável sucesso na década de 80 tocando em bandas como Metrópolis e Tokio. Depois de passar boa parte dos anos 90 meio esquecido, foi resgatado no ano 2000 por Marcos Mion e o programa Piores Clipes do Mundo, da MTV. Bem-humorado e muito inteligente, em vez de brigar e achar ruim ser figura recorrente no citado programa, ele aproveitou a brecha e retornou com tudo aos holofotes midiáticos, principalmente depois de participar da primeira edição da Casa dos Artistas, do SBT.

Com a fama conquistada na casa do senhor Abravanel, em pleno anos 2000 ele vendeu 600 mil cópias do CD Charada Brasileiro e passou a intercalar a carreira musical com a de apresentador de televisão. Hoje encabeça a banda Brothers of Brazil ao lado do irmão, João Suplicy, com quem apresentou entre 2008 e 2010 o programa Brothers, na Rede TV. Atualmente eles apresentam o Brothers na Gringa, na Mix TV, e estão fazendo estrondoso sucesso com o novo disco, o On My Way, que os levou a concorrer como melhor banda de 2012 no VMB da MTV, premiação que acontece agora em setembro.

O papo desta semana no Trip FM é com o Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy, mais conhecido como o papito Supla, que falou sobre o ontem e o hoje, casa dos artistas, a vida de filho de político e a saída do Brasil em uma época onde o que não faltava pra ele eram oportunidades de trabalho.

"Quando eu resolvi sair do Brasil nos anos 80 eu tinha tudo na mão. Tinha um contrato com a EMI, tinha um papel principal garantido em uma novela da Globo, mas mesmo assim eu resolvi ir embora. Porque eu sou assim, eu gosto dos desafios. Aqui eu sempre carreguei um estigma das pessoas me dizendo que eu era filho de fulano, de ciclano", explicou o cantor. "O que eu queria era viver minha vida. Eu queria provar que eu posso ser o que eu sou em outro lugar. E eu não me arrependo nem um pouco, já que isso me deu uma bagagem fantástica."

"No começo muita gente me criticava por eu ter vindo de uma família de classe média alta. Depois disso nunca mais fui atingido por nenhuma crítica"

Ainda relembrando a carreira dos anos 80, Supla falou sobre como lidava com as críticas, muitas vezes pesadas, que saiam na imprensa. Para ele, foi esse processo que o deixou com a casca grossa para encarar o showbusiness de fato.

"No começo muita gente me criticava por eu ter vindo de uma família de classe média alta. Depois disso nunca mais fui atingido por nenhuma crítica", comentou. "Até por isso que eu achei muito bom quando o Marcos Mion começou a me zoar todo dia no Piores Clipes. E isso não me irritava nem um pouco. Todo dia eu tava na televisão, todo dia ele tava falando de uma música diferente minha. E foi ele que fez essas músicas ficarem famosas. Eu não tinha nem gravadora aqui nessa época. Então eu achei muito legal tudo aquilo."

"O conselho que eu dou pras pessoas é sempre o mesmo: don't take shit from anybody [risos]"

Com todo o bom humor característico, Supla falou ainda sobre o seu temperamento que ficou famoso em sua passagem pela Casa dos Artistas.

"O conselho que eu dou pras pessoas é sempre o mesmo: don't take shit from anybody [risos]. Não se pode ficar ouvindo porcaria das pessoas", ele brinca. "Nunca fui muito de brigar com ninguém. Teve uma vez com o Clodovil que eu fiquei irritado, porque ele fazia as perguntas e ele mesmo respondia [gargalhadas]. Até o Emílio Surita do Pânico relembrou isso um dia, que eu subi na mesa do programa do Clodovil e dei um chute em um copo. Mas fora essa treta não teve muitas outras."

O Trip FM vai ao ar na grande São Paulo às sextas às 20h, com reprise às terças às 23h pela Rádio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz

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