Blogueiro lista 10 álbuns imperdíveis para sacar a influência da música negra no Havaí
Quando se pensa em música havaiana, as mentes se enchem de sons gentis de ukulele, violão de colo, baixo duplo e guitarra slack key. Todos imaginam cantores falsetto e dançarinas hula gingando nas palmeiras enquanto um por-do-sol brilhante enche o céu. Mas isso é a música havaiana para a maioria das pessoas no mundo. Assim como o Brasil, o Havaí também é lar de grandes artistas.
Todas essas imagens são reais. Você encontrará performances tradicionais em Waikiki qualquer noite da semana. Mas a maioria desconhece o lado B, os sons urbanos que serviram de combustível às baladas de Honolulu nos anos 70 e 80. Dance music de artistas R&B como Earth, Wind & Fire, Herbie Hancock e Tower of Power inspiraram um tipo diferente de vida noturna nas ilhas. As pessoas queriam agito, e os novos mestres do groove do Havaí trouxeram alguns dos sons mais funk já ouvidos nas ilhas Havaianas.
É hora de repensar a música havaiana. Na galeria abaixo está sua introdução, trazido a você pelo blog de grooves raros Aloha Got Soul .
(*) Roger Bong é criador do blog havaiano Aloha Got Soul e também escreve para o Coletivo ACTION . O Coletivo Action é um site especializado em cultura negra e sua equipe colabora quinzenalmente com o site da Trip . Seu twitter é o @coletivoaction
Point Panic - Honolulu
Crédito: Roger Bong
Roger Bong, do blog Aloha Got Soul, na Hungry Ear Records, em Kailua
Crédito: Melanie Keppler
Crédito: Melanie Keppler
Point Panic - Honolulu
Crédito: Roger Bong
Point Panic - Honolulu
Crédito: Roger Bong
Point Panic - Honolulu
Crédito: Roger Bong
5. Aura, 'Aura' (1979, FMI Records): Não sei como é possível, mas o LP de estreia de uma bandas mais cheias de metais de Honolulu - apenas escute esse sopro! - aparentemente falhou em capturar o brilho e poder das performances ao vivo da Aura. Mas, apesar do que os críticos locais escreveram sobre seu primeiro e único LP, posso dizer amorosamente que Aura gravou um dos álbuns de funk mais pesados do Havaí. Com duas irmãs como vocalistas principais, esta banda familiar ficou na história com uma das pistas de dança mais lendárias de Waikiki - eles tiravam o público do chão com os maiores metais que as ilhas já ouviram
Crédito: Reprodução
3. Babadu, 'Babadu!' (1979, Hanaiia Records): Se é ensolarado e soulful, é Babadu. Eu o chamo de Stevie Wonder havaiano. Apesar de sua voz não ser exatamente a mesma, sua música é tão alegre e sensível como a de Stevie. Muitos álbuns que tinham a chance de serem ótimos de soul/funk não chegam a serem extraordinários porque carecem de uma mensagem. Contudo, Babadu canta as belezas da vida, amor, música e Deus. Ele põe alma em cada soul music e inspira os ouvintes a seguirem a eterna mensagem de 'viver a vida completamente'
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10. Hal Bradbury, 'This Is Love' (1980, Fan Records): A primeira vez que ouvi 'You Win, I Love', a voz do Hal Bradbudy foi absorvida pela minha pele com um gingado tão requintado que eu jurava que isto era tudo de que eu precisava pelo resto da minha vida. Não estou exagerando -esta simples, inocente balada fez com que minha cabeça ficasse balançando o tempo toda vez, com minha agulha pulando de volta pro início toda vez que eu a colocava na picape. Ocasionalmente música funciona assim: chega inesperadamente na sua vida, ainda assim você a recebe de braços abertos com ansiedade de aprender a história de amor de outro ser humano. É uma história linda, contada por algumas das mais macias tracks de soul do Havaí
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4. Lemuria, 'Lemuria' (1978, Heaven Records): A palavra Lemuria significa uma terra mítica de perfeição. O grupo havaiano Lemuria implica o mesmo. No epicentro da música soul fica essa banda, cuja gravação única enfeitiça os ouvintes com cada play. Isso poderia realmente ser música do Havaí? Sim, pode. Palavras dificilmente conseguem descrever a incrível sonoridade deste disco, mas uma palavra perfeita para esta mistura descompromissada de funk, gospel e groove está escrita na capa: Lemuria
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2. Lil Albert, 'Movin' In' (1976, Silvercloud Records): 'Movin' In' é um daqueles álbuns clássicos de soul celebrados por alguns, mas esquecido por muitos. O mundo merece ouvir Lil Albert cantando, sua música é pura e poderosa. Para um cara pequeno, ele traz mais do que a maioria dos cantores com cada performance: presença, carisma e um gogó de ouro. 'Movin' In' traz alguns dos melhores sons que já ouvi, e a única pessoa que poderia imortalizar a faixa 'My Girl Friday' é Lil Albert. E isso diz muito
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1. Mackey Feary Band, 'Macky Feary Band' (1978, Rainbow Records): é o fundador da música contemporânea havaiana. Começando com o grupo Kalapana e depois com sua própria banda, Mackey inventou um novo som das ilhas, misturando soul, rock de arena e jazz para criar música que cabe perfeitamente com o estilo de vida relaxado e tranquilo do Havaí. Canções como The Hurt representam a música pop local dos anos setenta. As estações de rádio do Havaí ainda a tocam rotineiramente. Mas a discografia de Mackey é bem mais profunda. Iniciando com o álbum de debute da banda, Macky Feary Band, você vai conhecer pedradas de qualidade, como A Million Stars e You're Young. Na minha opinião, um dos álbuns essenciais da black music havaiana porque representa um músico que está sempre empurrando o som havaiano para além de novas fronteiras, experimentando com jazz, funk e soul. Se há um lugar para começar a explorar a cena de black da ilha, é aqui
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9. Mike Lundy, 'The Rhythm of Life' (1980, Secor Records): Alguns dos melhores álbuns de funk por aí não consegue nem chegar perto desta pedrada havaiana obscura. Lindamente executada em seu arranjo e musicalidade, 'The Rhytmn of Life' é o Santo Graal da black music havaiana. Cada música captura sua atenção de imediato, feita com extremo esmero e carregado com toneladas de funk. Alguns podem até chamar o LP de Lundy de genial, mas o próprio Mike gosta de chamá-lo de som que vem da alma: o ritmo da vida
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6. Nohelani Cypriano, 'Nohelani' (também conhecido como 'Around Again') (1979, HanaOla Records): Todos que começam as pesquisas de sons raros havaianos conhecem a track 'Lihue'. É uma das melhores gravações da época. Na realidade, Karriem Riggins incluiu o clássico de dance da Nohelani em uma de suas mixtapes. Boa música sobrevive ao teste do tempo, e o debute de Nohelani é testemunha ao talento excepcional criado no Havaí nos anos 80: um lançamento sólido de R&B e funk com uma mistura inteligente de disco e sons havaianos. Um clássico instantâneo
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8. Phase 7, 'Playtime' (1980, Broad Records): Se você fosse para a balada em qualquer noite dos anos 80, provavelmente veria Phase VII, o grupo mais talentoso do R&B de Honolulu. O grupo ficou conhecido por sua descolada seção de metais, mas seu comportamento no palco era tão legal quanto. Ainda bem que Playtime preservou esses interlúdios divertidos, porque, apesar de trazer os grooves mais funkeados da época ser algo importante, foi fazer a audiência rir que fez com que Phase VII fosse um dos grupos mais divertidos de seu tempo
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7. Vic Malo, 'Vic Malo' (1974, Mataele Records): Ouvindo o álbum auto intitulado do Vic Malo, dá para entender seu domínio sobre a composição em cada música. Faixa após faixa, Vic prova sua genialidade. Sua voz é muito sexy, também. A carreira de Vic o trouxe fama local e muitas mulheres, pelo que me falaram. Seus amigos o chamam de inspiração, e sua música é nada menos que marcante. Muitos dos cantores de salão falham em capturar atenção de colecionadores de discos com esforços como este, mas Vic Malo tem sucesso onde outros não, sua música é honesta, sua voz poderosa e a composição é cativante. Não é surpresa que tantas mulheres se apaixonaram por ele
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