Tecladista conta os cinco momentos mais importantes da carreira da banda de Recife
Esta terça feira (24) é um dia muito especial para o Mombojó, que comemora 10 anos de estrada com um show grátis no Studio SP, marcando a primeira década de estrada desta banda pernambucana que comandou a segunda invasão do cenário alternativo nordestino no Sudeste. A partir das 22h, Marcelo Machado, Vicente Machado, Chiquinho, Samuel Vieira e Felipe S. assumem a festa no Baixo Augusta e tocam músicas de seus três álbuns de estúdio diante do seu já fiel público paulista.
Nestes 10 anos de carreira, a banda sentiu o baque da morte do flautista e trombonista Rafael Virgílio em 2007 e teve de se readaptar às mudanças com a saída de Marcelo Campelo, que deixou a banda logo após a morte de seu velho amigo. Mesmo assim, o Mombojó continuou firme na estrada e passou pelos maiores festivais do país, incluindo o Abril pro Rock, Brasil no Ar (Barcelona), Grito Rock, Mada, Mulambo, Planeta Terra, Porão do Rock, Teresina Rock e Tim Festival.
Com Amigo do Tempo, primeiro disco sem Rafa e Campelo, lançado em 2010, a banda se reafirmou no cenário nacional com composições completas e muita lenha pra queimar na bagagem. Na nova fase, a banda ganhou espaço até na Argentina, como uma das atrações principais do Grito Rock 2011 de Buenos Aires. Ainda em 2010, a banda se apresentou durante o mega-festival SWU, no interior paulista, por onde também passaram Rage Against The Machine, Pixies, Sublime e Queens of The Stone Age.
Para falar sobre o show e o aniversário, convocamos o tecladista Chiquinho com uma pergunta muito complicada: queremos saber quais os cinco momentos mais marcantes e importantes na carreira do Mombojó? Veja a lista abaixo:
- Primeira apresentação no Abril Pro Rock: "Esse foi em 2002. O Abril Pro Rock foi um festival que a gente cresceu indo, sempre vendo as bandas ali. E essa foi a nossa primeira aparição para um público grante. Um público de fato. E foi massa, uma bela estreia para a banda."
- Tim Festival: "O Tim foi bem marcante também. Foi em 2006. Ali a gente tocou com os Yeah Yeah Yeahs e a Patti Smith no Rio. Em São Paulo ainda teve o Daft Punk, que foi foda. São poucas as coisas que eu curto em música eletrônica, não vou dizer que eu sou fã, mas tem alguns artistas que são ícones para mim. O Daft Punk é um deles."
- Mini-turnê com o Los Hermanos: "Essa foi massa. Foram quatro shows que a gente fez com os Los Hermanos, também em 2006. A gente tocou juntos em Curitiba e Porto Alegre. A gente fez a turnê tocando juntos mesmo. A gente começava o show, aí eles entravam para a gente tocar umas cinco músicas juntos, depois eles assumiam a festa. Foi massa, quatro shows bem bacanas.
- A perda de Rafa: "Em 2007, a perda do Rafa foi muito difícil pra gente. Toda a perda é complicada, né? É uma sensação absurda de fragilidade, de como as coisas podem mudar rapidamente, da noite para o dia. É uma pessoa que está aqui, vai embora, e te deixa meio paralisado. A gente tem que aproveitar o máximo que a gente pode das coisas, aproveitar cada dia. Porque a gente nunca sabe o que vai acontecer. Foi bem difícil, mas essas coisas ajudam a gente a ficar mais forte para a vida também. E a partir daí a gente ficou, de fato, mais ligados nas coisas."
- Show com o Devotos: "Outra coisa muito legal foi o show que a gente fez em recife com o Devotos (ex-Devotos do Ódio), que era meio que uma Batalha das Bandas onde a gente tocou junto com eles. O Devotos é outra banda que a gente cresceu ouvindo. Pra nós, eles são tão importantes quanto a Nação Zumbi e o Mundo Livre S.A., que foram as bandas que a gente mais viu shows na vida. E foi foda dividir o palco com eles, ver os caras tocando umas músicas da gente. E é uma outra vertente né, os caras são uma banda de hardcore que a gente gosta pra caralho. Foi massa. Eles tocando músicas da gente e a gente tocando músicas deles. Foi muito lisonjeante.
Vai lá: 10 anos de Mombojó
- Quando: 24/05/2001
- Onde: Studio SP - Rua Augusta, 591, Centro
- Quanto: Grátis
