por Luiz Filipe Tavares

Empresário cria site que ajuda celebridades a combaterem boatos

Na era da informação digital não existe privacidade, mas nem por isso a mentira precisa passar por cima da verdade. Em um esforço para diminuir os danos da insistência da imprensa de celebridades em não ouvir o outro lado, o empresário Sir David Tang criou o site iCorrect, que possibilita uma resposta imediata aos boatos publicados sobre qualquer pessoa na internet, criando uma base de dados sem precedentes na internet.

A ideia é simples: um tablóide publica uma matéria sobre a modelo e atriz Kate Moss, só para dar um exemplo de quem já está utilizando os serviços do site. Se a modelo acha que a notícia contém alguma inverdade, ela responde diretamente para todo mundo através do iCorrect, que publica no site um link para a versão de Kate. Assim, as pessoas que se sentem prejudicadas por uma publicação podem mostrar sua versão da história e arquivá-la permanentemente.

"O iCorrect serve para proteger para sempre a reputação no cyberespaço de todos aqueles que acreditam em dar sua versão dos fatos diretamente depois de uma acusação", explicou Sir David Tang, criador e idealizador do site, em recente entrevista à rede Sky News. O site arquivará o conteúdo das respostas por tempo indeterminado e pode ser usado como fonte de consultas por qualquer pessoa.

O preço da verdade

Óbviamente, os serviços do iCorrect tem um público-alvo muito bem definido. Baseado na Inglaterra, o site já está sendo usado por famosas celebridades e pessoas públicas britânicas como a própria Kate Moss, o renomado ator Michael Caine, a advogada Cherie Blair (esposa de Tony Blair) e até o estilista Tommy Hilfinger. O site ainda possuiu um plano de conta para empresas, entre as quais já figuram a gigante IMG Models e o time de futebol londrino do Chealsea.

Além destes, Bianca Jagger, Naomi CampbellRichard Caring, Kevin Spacey, Sienna Miller e Stephen Fry também pagaram os US$ 1000 de inscrição anual para pessoas físicas no site e já estão postando suas versões para histórias que julgam falsas. O preço das contas corporativas é ainda maior, chegando a US$ 2000 por uma assinatura de 12 meses.

E as pessoas podem perguntar: "mas quem garante que as celebridades não estarão mentindo em suas respostas?". Não há como evitar isso. Mas, pelo menos, o site dá uma chance aos famosos reagirem ao hábito que a indústria da notícia de celebridades adquiriu com a pressa da era da informação: o de nem sempre ouvir o outro lado de uma história antes de publicar. 

 

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