Animação em tempo real

por Luiz Filipe Tavares

Designer inova brincando com o limite de ”quadros por segundo” do olho humano

Em condições normais, o olho humano consegue perceber até 12 imagens sequenciais em um segundo. A esse fenômeno dá-se o nome de capacidade de percepção de quadros por segundo, ou frame rate, sendo essa uma unidade de medida comum para a cadência de imagens em câmeras, projetores, monitores e placas de vídeo. Por causa dessa limitação, nós estamos a mercê de ilusões de ótica e da perda de informação quando nos deparamos com imagens em frequências mais altas do que doze frames por segundo.

Se aproveitando disso, a estudante de design Katy Beveridge, da faculdade de artes londrina Central Saint Martins, explorou a "limitação" da visão humana em seu trabalho de conclusão do terceiro ano de curso, discutindo a possibilidade da criação de uma animação em tempo real que dispensasse o uso de ferramentas de edição e de técnicas como o cutout e o stop motion.

Sua ideia foi simples: ela recortou calotas de papel com padrões semi-regulares e colou as peças nas rodas de algumas bicicletas, filmando longas sequências de movimento dos giros. Com isso, o resultado foi surpreendente, com imagens nítidas dos desenhos em animação que só são percebidos graças à ilusão de ótica gerada pela nossa incapacidade de acompanhar todo o movimento dos aros e dos padrões. Simplesmente brilhante. 

Veja abaixo a animação em tempo real de Katy Beveridge.

(via PetaPixel)

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