Fabiana Scaranzi já passou pelo balé, pela moda e pela publicidade
Quem vê Fabiana Scaranzi, 43, no Domingo Espetacular, da Record, toda fina e delicada, não pode imaginar que ela sempre foi uma moleca. Aos 12 anos, quando apostava uma corrida de kart com meninos, sofreu um acidente. Quebrou o fêmur e moeu o tornozelo. “Já fazia balé e minha mãe me perguntou se eu ia ser menino ou menina!”, lembra. Por fim, ela se formou no Teatro Municipal de São Paulo, onde chegou a dançar profissionalmente, e entrou no curso de publicidade da Faap. Um amigo a convenceu a fazer umas fotos para a Kate Ford, dona da agência Ford, que se encantou com Fabiana e a mandou imediatamente para o Japão. Ela ficou no “vou, não vou”, e foi. Mas antes fez um trato consigo mesma: não pararia de estudar e, quando acabasse a faculdade, a carreira de modelo chegaria ao fim. “Sempre amei estudar, aquilo era o que me alimentava, mas nunca teria conhecido o mundo se não tivesse aceitado essa proposta”, conta. “E a experiência de me virar sozinha me serve até hoje.”
No fim da faculdade, já trabalhando na W/Brasil, conheceu o diretor Roberto Talma, que estava lançando um programa na Bandeirantes e a chamou para apresentá-lo. Depois de oito meses, foi remanejada para o telejornal – e se apaixonou. Prestou um novo vestibular, dessa vez para jornalismo, e foi para a Globo. Ficou lá por dez anos, até migrar para a Record, quatro meses atrás.
Viciada em leite condensado – ela toma na lata mesmo, acredite –, Fabiana gosta de comer e não abre mão desse prazer. “Se engordasse tudo que como, seria uma bola”, brinca. Credita sua forma física aos 18 anos de balé clássico, à genética privilegiada e à boa alimentação diária. Sempre almoça com o filho, Felipe, de 15 anos, em casa, e é apaixonada por comida japonesa.
No jornalismo de TV tem uma equipe para cuidar de cabelo e maquiagem ou é a repórter que faz isso? Para quem fica na bancada existe um figurinista, além do maquiador e do cabeleireiro. Na reportagem, é a repórter que se encarrega. Eu amo camisas, então as uso com jeans, porque é prático. Adoraria estar toda arrumada, mas não dá! Me maquio para as reportagens, tenho a prática de quando era modelo... Passo rímel com o carro andando sem borrar!
Qual a sua maneira de entender e lidar com beleza? Vivi da beleza por um bom tempo, ganhei dinheiro, não acho que seja um grande mérito apesar de ter sido superdigno. Hoje vivo com ela, o que é diferente, não tenho mais aquela obrigação de estar bonita. Me acho muito mais bonita agora do que quando eu era modelo. Hoje sou mais segura, tenho mais sabedoria de que isso tudo me faz sentir mais bonita.
E você sempre gostou do que via no espelho? Na infância eu era tão moleque que nem pensava nisso. Comecei a perceber com 14 anos, quando fui a “rainha do colégio” numa olimpíada. O grande barato é que nem quando eu era modelo dei mais importância para a beleza do que ela merecia. Tanto que não parei de estudar, era uma grana para pagar a faculdade e fazer um péde- meia. Não é a minha maior preocupação, nem a segunda, nem a terceira...
Dermoabrasão
“De 15 em 15 dias faço um peeling profundo no rosto, com a dermatologista. As células mortas e aquele resto de maquiagem que não sai de jeito nenhum vão embora”
Receita caseira
“Aprendi há muito tempo uma receita que funciona para olheiras: é um chá de pétalas de rosas vermelhas. O suquinho que sai das pétalas ameniza o rosto cansado”
Pilates
“O Pilates tem muito a ver com o balé, mas ainda não consegui voltar a praticar por não ter me adaptado aos meus novos horários. Logo, logo estou de volta”
Liquid Paper
“Não saio de casa sem corretivo! Tenho sempre, em todo lugar. Passo também filtro solar no rosto e nas mãos antes de sair”
Tênis
“Por falta de tempo de malhar, comecei a jogar tênis seis meses atrás, já que meu prédio tem uma quadra. Estou amando, jogo duas vezes por semana”
Balé
“O balé me deu disciplina, uma memória corporal da época em que treinava oito horas por dia, consciência do meu corpo e também uma supercoordenação motora”
Dignidade!
“Nunca fiz nenhuma intervenção cirúrgica no meu rosto, quero envelhecer com dignidade e com a minha cara. Não quero a boca da Angelina Jolie!”
Cabelón
“Meu cabelo é fininho e quebra muito. Faço hidratação mensalmente no salão e não tenho apego a ele. Ano passado, estava enorme e cortei chanel sem dramas”
Rosto
“O creme da manhã, o da noite e o para o redor dos olhos são fórmulas da minha dermatologista, Marina Odo, uma japonesa de quase 70 anos que tem uma pele incrível”
