Mulheres são assim, histéricas, genuinamente passionais e novelescas
Um dia somos nós, noutro a vizinha recém-casada, e numa terça-feira qualquer a tia de 70 anos que está sempre varrendo a rua com um sorriso no rosto. Gritos quase ininterruptos e xingamentos interrompidos por momentos de um silêncio denso. Geralmente ouvimos apenas uma voz, mas sabemos que há um interlocutor masculino emitindo a sua opinião em tons mais baixos. Desespero, tristeza e a putice completa exposta para todo o quarteirão. Quem nunca?
Ciúmes, a falta de participação nas atividades domésticas, o descontrole ao ser notificada do fim da relação ou, simplesmente, o puro ódio de motivos torpes. E não adianta fechar as janelas ou pedir que a madame se acalme, tem uma hora que só o grito salva, só a explosão e a exposição a quem quer que seja nos livra do monstro interno. E, se houver outra ragazza na conversa, aí, meu filho, escancara logo a persiana porque se você tentar abafar os berros é capaz de a história parar o Facebook.
Mulheres são assim, histéricas, genuinamente passionais e novelescas. Pense que poderia ser pior (porque sempre pode ser pior!). Ninguém mandou vocês quererem entregar só uma costelinha para confecção. Se tivessem doado um braço, um rim e um olho, talvez essa parceira de Éden saísse mais equilibradinha. O barato sai caro, meus amigos. Sinto muito.
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