Porque os filhos não são dos pais. São do mundo. De quem faz por merecer!
Porque os filhos não são dos pais. São do mundo. De quem faz por merecer!
Você está imensa, lenta e bonachona. Linda! Estamos quase lá. Sei que não é sua primeira vez, nem a minha. Mas é a nossa primeira vez juntas. Eu estou nervosa. Quero me assegurar de que estarei lá no primeiro instante. Durmo com o celular ligado e fico pensando se ela vai nascer com essa sua boquinha, com essa sua paz. Eu estive aqui, ao lado, desde o começo... adquiri um direito único de opinar. Vetei alguns nomes e sorri contente quando você disse “se você quiser muito, faço o exame para descobrir o sexo, tá?”. Sim, ela já era nossa!
Eu acho que vou chorar. Chorar essa minúscula chegada como a Carol chorou bonito naquele dezembro de 2008. Emocionada, parceira... Era nossa terceira vez. Mas nunca menos emocionante. Tô roendo as unhas porque eu queria que nascesse hoje. Eu queria que nascesse agora. Eu queria ser a que vai correr para cruzar São Paulo te levando rumo à maternidade. Adoro emoção e responsabilidade! Mas a noite já se aproxima e nada... Analiso a barriga com olhar clínico e acho que parece alta. Sou a própria comadre Maricotinha.
Sei que você vai sumir por uns meses. Que vai ligar chorando as noites maldormidas, o refluxo ou a pouca ajuda (clássica) do marido nesse começo. Mas respira. Prometo que vou te achar linda mesmo quando não e que, dentro em breve, o seu copo estará cheio de vinho outra vez.
Que venha esta pequena mulher, nascida no ano em que o mundo não vai acabar. Que venha este ser que você dividiu comigo desde o começo e o qual alimentamos com pão de queijo e muita gargalhada. Que venha esta pequena Luiza, nossa primeira filha (juntas), que mostrará pro Gian onde a vida começa.
Te amo (assim, no blog. Pra todo mundo saber).
Para seguir: @euliatulias