Capítulo VI, versículo II
Capítulo VI, versículo II
Encontrar um brinco no carro do traste amado é tão clichê, mas tão clichê que até parece mentira. Você não stalkiou, você não fuçou os bolsos, você nem sequer estava atrás de alguma coisa e eis que aquele enorme brinco horroroso salta aos olhos sem ser chamado. Por que, gente? É muito amadorismo deixar provas tão evidentes. Se fulaninho quer (precisa ou pode) trair, problema dele. Mas deixar vestígios com cara de roteiro de novela mal escrita, não, né?!
E nem entremos na seara das camisinhas e roupas íntimas esquecidas, porque aí o buraco é mais embaixo. Nego tá chamando pra guerra mesmo! Tá precisando desabafar e não sabe como. Mas o brinco... Ah, vá! Dê uma varredura no terreno, jogue os indícios de traição fora e apague as mensagens do celular. Não custa nada e vai ser melhor pra todo mundo. A não ser que... os bofes estejam tão desesperados que estão plantando prova falsa para abalar as raparigas. Será?
Pensemos que a loucura humana ainda não chegou nesse ponto. Melhor. Fiquemos com a versão de que os homens são mesmo desligados e afeitos a puladas de cerca amadoras. Fiquemos com aquele brinco maldito para fazer uma mandinga e com a certeza de que nem tudo precisa ser dito, nem tudo precisa ser sabido ou descoberto e para isso (e todas as outras coisas) temos Mastercard, o lava-rápido e as crônicas de Fernando Veríssimo.
E a-puta-que-te-pariu que o brinco “deve ser de alguma amiga”!
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