A não entrevista da semana: a cinegrafista que chutou refugiados na Hungria e não merece ser chamada de nossa colega
A não entrevista dessa semana não tem graça e foi escrita chorando. Sim, a autora está com TPM. Mas depois de ver o vídeo em que a cinegrafista húngara Petra Lazlo CHUTA refugiados no meio de uma confusão horrível na Hungria, o jeito é chorar mesmo.
Não vamos entrevistar essa mulher e vamos deixar muito claro que, apesar de ela ter a mesma profissão que a gente, não a consideramos nossa colega. Muito pelo contrário. O que ela fez (agredir pessoas em uma situação de risco) é contra a ética jornalística. Mas mais que isso, é contra a ética humana mesmo.
Petra estava trabalhando cobrindo fuga de refugiados de um campo e entrando em choque com a polícia (que situação horrível, que mundo!) e aproveitou para chutar - sim, chutar, agredir - primeiro um pai com uma criança no colo. Depois, uma menininha. Descobriu-se posteriormente que ela pertencia a um partido ultra de direita radical. A emissora a demitiu e pediu desculpas. Mas desculpas não vão ajudar nesse caso, porque a indignação de todo mundo com coração no mundo é grande demais.
Ela deveria também ser presa. Mas como não somos nós que decidimos isso, vamos não entrevistá-la, não entrevistar o canal para o qual ela trabalha, não entrevistar o governo da Hungria que está construindo um muro para conter a entrada de refugiados e todos os xenófobos do mundo.
E nosso grito é o usado pelos que apóiam os Refugges: Say it loud, say it clear, refugees are welcome here! (Diga isso alto, diga isso claro! Refugees são bem vindos aqui!)