Das meninas

Conheça a casa de Danielle Dahoui, ela é cheia de móveis herdados e lembranças de viagem

Na casa onde moram a restauratrice Danielle Dahoui, 42 anos, e a filha Noáh, 6, as cores são um capítulo à parte. O rosinha da fachada foi escolhido pela menina: “Ela sempre quis morar em uma casa rosa, mas não dava para pintar o prédio inteiro em que morávamos antes, não é?”, diverte-se a mãe. Para dar boas-vindas a quem chega, a entrada foi decorada com papéis de parede antigos – presentes de uma amiga – e imagens que ela e a filha gostam: é que Danielle acredita que o belo espanta coisas ruins.

Foi um e-mail que levou mãe e filha a realizar o sonho de morar numa casa, no Jardim Paulistano, em São Paulo. A mensagem da amiga carioca pedia ajuda para alugar a casa de sua avó, abandonada havia cinco anos. “Quando vi o endereço e o valor não acreditei. De madrugada, depois de fechar o Ruella, pedi ajuda para o guarda da rua e pulei o muro com uma lanterna. A casa estava detonada, mas me senti acolhida.”

Após três meses de uma reforma prática, pensada e executada pela própria Danielle, a casa de 300 metros quadrados (e 190 de área construída) estava pronta para morar. As paredes da cozinha caíram e deram espaço a uma bancada que abriga o fogão e os quitutes que são servidos diariamente. Um “puxadinho” nos fundos deu vida a uma generosa varanda que acolhe a mesa para 12. O cimento do quintal sumiu e virou um gostoso gramado. Armários, que são sempre caros, não foram necessários, pois o terceiro quarto foi integrado ao quarto principal e ganhou prateleiras; assim, um closet espaçoso estava criado. Seus pratos, talheres e copos são guardados em um grande buffet comprado em um “família vende tudo”, como muitos outros móveis desta casa de meninas.

Parede de papel

Sucesso nos anos 70, os papéis de parede estão voltando às casas brasileiras. Apesar de caros (a maioria é importada), as estampas são incríveis, laváveis e podem durar até 15 anos quando bem cuidados. Forrar apenas uma parede de um ambiente pode garantir um efeito incrível na sua casa. Você mesma pode fazer a aplicação com uma cola especial vendida em lojas de material de construção, mas o melhor é contratar um profissional indicado onde comprou o papel de parede.

• A Bucalo é importadora direta de marcas de diversos países e costuma ter bons preços.
R. Augusta, 2.092, São Paulo, SP, (11) 3062-2882, www.bucalo.com.br

• Uma das mais sofisticadas do país, a Wallpaper tem uma infinidade para você escolher. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.046, São Paulo, SP, (11) 3062-2899

• A Bobinex é a única fábrica de papéis de parede nacional e tem preços acessíveis. www.bobinex.com.br

• A loja virtual alemã www.wallpaperfromthe70s.com entrega no Brasil. Sua especialidade: papéis retrôs, estilo anos 70.

Pequenos. O móvel veio do “família vende tudo”, a caixinha é de um brechó de Copacabana (que já não existe mais) e os sapatos foram trazidos da Espanha, por Raí Crédito: Romulo Fialdini

Pink. No quarto de Noáh, o papel de parede e as almofadas são da Ri-Pô-Pi. O criado-mudo foi pintado à mão pela artista Lu Maia Crédito: Romulo Fialdini

Boas-vindas. A colagem de papéis de parede dá as boas-vindas aos visitantes. A bicicleta Caloi foi pintada de rosa para ficar igual à da filha. O gatinho de metal que serve para limpar os pés sujos de lama foi presente de um ex-sócio Crédito: Romulo Fialdini

Descontraída. A bancada de alvenaria tem fotos, recortes e desenhos do Ratatouille. Todos os lustres da casa foram doação de uma velhinha que morava em Laranjeiras (RJ) Crédito: Romulo Fialdini

Na lagoa. O móvel da feira de antiguidades de Copacabana (RJ) guarda a coleção de patinhos de Noáh. Cada vez que o pai da menina viaja, traz um para ela Crédito: Romulo Fialdini

Lembrança. A caixa é de um chapéu que ela comprou na chapelaria mais antiga do mundo, a Lock & Co., em Londres Crédito: Romulo Fialdini

Pitacos. A cor das paredes foi sugestão da decoradora Neza Cesar. O quadro é de Isabelle Tuchband e o mancebo foi comprado na feirinha da Lapa (RJ) Crédito: Romulo Fialdini

Com sotaque. A cama e os criados-mudos foram comprados do vizinho, em um “família vende tudo”. A colcha russa bordada à mão é da Phenicia e o espelho veneziano veio de uma feirinha de Petrópolis Crédito: Romulo Fialdini

Da rua. O sofá foi comprado – e reformado – na feira do Bexiga (aos domingos, em SP). Os pufes foram feitos pelo tapeceiro com tecidos da 25 de Março Crédito: Romulo Fialdini

Ar livre. O “puxadinho” criado pela dona da casa tem mesa de madeira do Depósito Santa Fé, em SP. A instalação/luminária feita originalmente para o restaurante À Côté coube perfeitamente na parede Crédito: Romulo Fialdini

Relax. Cama de metal para curtir o jardim. Onde há grama era cimento antes da reforma. As almofadas são de lojas como Phenicia e Cinerama, em SP Crédito: Romulo Fialdini

Firula. Os corações são uma luminária que foi comprada em uma loja do bairro Le Marais, em Paris. O quadro é do artista Iuri Sarmento Crédito: Romulo Fialdini

Presentão. As garrafas são da feira da Lapa, no Rio (aos sábados, na r. do Lavradio). Nos seis anos em que Danielle ficou na ponte aérea cuidando do bistrô Bar D’Hôtel, trouxe muitos objetos de lá. O quadro é da amiga Isabelle Tuchband e ilustra pessoas queridas da chef Crédito: Romulo Fialdini

Bi-bi. O carrinho de metal veio de Paris desmontado, na mão, trazido pelo pai de Noáh, o ex-jogador de futebol Raí Crédito: Romulo Fialdini

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