O que você faz para mudar o mundo? O que você faz para mudar o mundo?

O que você faz para mudar o mundo?

Fizemos essa pergunta às startups que surgiram com o intuito de tornar o mundo um lugar melhor e descobrimos como elas colocam isso em prática 

apresentado por Ambev

Novas maneiras de trabalhar estão surgindo para diminuir o impacto ambiental dos já conhecidos modelos de produção. Afinal, o mundo já deu claros sinais de que, se continuarmos gerando lixo, desperdiçando água e criando agentes poluentes, o resultado não será positivo – assim como já não está sendo.

Por isso, o programa Aceleradora 100+, criado pela Cervejaria Ambev, busca novos negócios que têm responsabilidade ambiental em seus produtos ou serviços para ajudá-los a se estruturarem como empresas consistentes. Com isso, a empresa busca potencializar o efeito dessas ações na sociedade, espalhando a conscientização por aí.

Abaixo, startups apoiadas pelo projeto falam o que estão fazendo para mudar o mundo e como nós podemos ajudar a otimizar essa missão.

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Sensaiotech

Monitoramento inteligente de cultivo visando o aumento de produtividade e redução de consumo de água, insumos e defensivos.

A Sensaiotech monitora o cultivo para diminuir o consumo de água, insumos e defensivos. Assim, a produtividade é maior e se torna possível levar mais comida à mesa das pessoas. Além disso, as fazendas passam a desperdiçar menos água e poluem muito menos.

“Enquanto a população mundial cresce, precisamos fazer com que tenhamos menos desperdícios enquanto sociedade. Isso contribui para uma melhor qualidade de vida e preservação do meio ambiente”, acredita João Lopes, fundador da startup.

Para ele, devemos nos preocupar diariamente com o planeta e, além disso, adotar boas práticas de manejo e consumo sustentável, que podem ser facilmente assimiladas em nosso dia a dia. Basta querer.

João Lopes ao lado de um sensor instalado nos campos da AMBEV João Lopes ao lado de um sensor instalado nos campos da AMBEV
João Lopes ao lado de um sensor instalado nos campos da AMBEV - Crédito: Arquivo pessoal

 Agro Smart

Usando sensores e dados de satélite, monitoram as culturas em tempo real para ajudar os agricultores a entenderem as necessidades da planta e tomar melhores decisões

A CEO da Agrosmart, Mariana Vasconcelos, revela que o objetivo da empresa é garantir que, em 2050, eles conseguirão alimentar quase 10 bilhões de pessoas. “Nossa função é garantir a segurança alimentar, fazendo com que o produtor lide com as mudanças climáticas com resiliência e o ajudando a entender o meio ambiente”, diz Mariana.

“Nossa função é garantir a segurança alimentar, fazendo com que o produtor lide com as mudanças climáticas com resiliência”
Mariana Vasconselos, CEO da Agrosmart

Segundo a CEO, cada vez mais sofremos com desmatamento, poluição, escassez de água, mudanças e eventos climáticos adversos. Portanto, é preciso mudar a forma que o consumidor enxerga o trajeto de sua alimentação, fazendo com que ele decida comprar de produtores que estão sendo sustentáveis.

"A Agrosmart permite o acesso à informação, para que a resiliência seja criada na cadeia do agronegócio inteira, mudando o mundo de forma com que o consumidor consiga enxergar todo o trajeto do que consome", explica. 

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A CEO da Agrosmart, Mariana Vasconcelos - Crédito: Divulgação

ManejeBem

Gera inteligência para o desenvolvimento de comunidades de agricultores familiares

Juliane Blainski, da ManejeBem, conta que eles assumiram como missão a difusão de informações e conexão entre técnicos e agricultores. Assim, conseguem mitigar a falta de assistência técnica especializada para criar uma produção sustentável e impactar positivamente a vida desses trabalhadores.

“Somos uma empresa de base tecnológica que gera inteligência para o desenvolvimento de comunidades de agricultores familiares. Nossos produtos e serviços visam organizar o caderno de campo, disponibilizar recomendações técnicas e facilitar a assistência técnica rural. Acreditamos que é muito importante reduzir o uso de agrotóxicos na lavoura e estimular a adoção de práticas sustentáveis com reflorestamento, recomposição de áreas de APP, aumento do número de espécies vegetais e reconstituição de reserva legal. Se há conscientização dos agricultores, melhoramos consequentemente as condições para o cultivo de alimentos”, diz.

Juliane Blainski da Maneje Bem - Crédito: Arquivo pessoal

MeuResíduo

Portal que automatiza o gerenciamento de informações sobre descarte de resíduos para empresas

Através da plataforma MeuResíduo é possível rastrear a logística de destinação dos resíduos, garantindo o descarte correto.

Fabio Tusset, seu fundador, conta que as empresas que optam por integrá-la em sua rotina de trabalho estão escolhendo ser transparentes com a legislação ambiental, a fim de diminuir o impacto na natureza das destinações ilegais. Isso diminui o descarte em rios, mares e solos.

“Acreditamos que são passos, mesmo que pequenos, que ajudarão a garantir um futuro com água e outros recursos naturais necessários para a sobrevivência humana. Dependemos da conscientização sobre nossos resíduos e de escolhas inteligentes sobre sua destinação. Olhar para o próprio lixo é o primeiro passo para mudar essa realidade”, acredita Fabio.

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Start me up

Sistema de monitoramento em tempo real que gera diagnósticos para tomada de decisão ágil através de gráficos, notificações e relatórios

“Nós ajudamos as indústrias a serem mais eficientes, agindo de forma mais consciente, sem desperdício e com tomada ágil de decisões acertadas”, diz Washington Peroni, fundador da Start me up. A empresa mostra que, produzindo o necessário, no momento certo e para o cliente certo, respeita-se todo e qualquer recurso.

“Acreditamos que permitir aos gestores tomarem decisões certas a cada minuto possibilita melhoras instantâneas. O senso de urgência não deve ser o fim do mês, deve ser o foco em melhorar continuamente a cadeia produtiva”, diz Peroni.

Origem Motos

Fabrica motos elétricas para empresas e pessoas que as utilizam para trabalhar

Para Diogo Lisita, fundador da Origem Motos, acelerar no Brasil a adoção de veículos elétricos, baseados em energias limpas e renováveis, diminui o caráter nocivo do trânsito que temos em nosso país.

“Estamos construindo uma rede de estações de troca de bateria em diversos centros urbanos e queremos provar que é viável adotar soluções de mobilidade eficazes e sustentáveis”, conta.

Diogo acredita que é importante inverter completamente a lógica tradicional da indústria automotiva, que tem lucratividade no pós-venda ao cobrar por peças de reposição e serviços de reparo. “Procurar novas formas de transporte sustentável é urgente.”

Motos elétricas da Origem Motos - Crédito: Divulgação

RSU Brasil

Desenvolveu tecnologia própria para o tratamento de todos os tipos de resíduos, recuperando materiais recicláveis e gerando energia

A RSU transforma todos os resíduos sólidos que iriam para aterros sanitários ou lixões a céu aberto em recursos, aumentando a reciclagem e gerando energia renovável, sem a produção de outros poluentes. Isso traz uma diminuição drástica nas emissões de gases que provocam as mudanças climáticas.

“O mais importante para o nosso dia a dia é lembrar dos 5 R’s: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar”, acredita o fundador da startup, Verner Cardoso.

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Deink Brasil

Trouxe ao Brasil uma tecnologia inovadora em reciclagem, que permite a remoção total das tintas dos resíduos plásticos na indústria ou pós-consumo

Segundo Diogo Bueno, CEO da Deink, o trabalho da startup é mudar o mundo a partir do comportamento das pessoas e a partir do momento em que a sociedade percebe que plástico não é lixo, mas sim matéria-prima para promoção da economia circular.

“É preciso viabilizar, na cadeia produtiva, o reaproveitamento de materiais que não tinham valor para a indústria. Isso gera valor para a parte de baixo da pirâmide, auxiliando numa inserção cada vez maior de pessoas excluídas do mercado de trabalho”, ele diz.

O CEO acredita que o plástico não pode continuar como agente poluidor do meio ambiente e o primeiro passo para rever nossos resíduos é separá-los corretamente em casa, nas empresas e nas escolas.

"Empresas como a Deink, que viabilizam a inserção na cadeia produtiva de materiais que não tinham valor para a indústria, geram valor para a parte de baixo da pirâmide, auxiliando na inserção cada vez maior de pessoas excluídas do mercado de trabalho."

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Hephaenergy

Gerencia ativos em tempo real a um custo não proibitivo através de sensores para água, energia e estoque de frios

A startup se preocupa com o gerenciamento de recursos importantes para a vida. Para isso, a Hephaenergy ajuda a dar informações para que todas as pessoas tenham acesso à água de qualidade, monitorando em tempo real as condições de milhares de pontos espalhados por uma região.

“Nós ajudamos as pessoas a entenderem melhor o seu consumo de recursos importantes, permitindo um uso mais consciente da água, por exemplo. Cada gota conta e essa é uma filosofia de existência do nosso negócio”, conta o COO, Felipe Batista.

Segundo ele, apesar de o foco da startup ser o mercado privado, com a solução Hephaenergy governos podem monitorar as cisternas dos cidadãos e não só planejar, mas também agir quando os reservatórios estiverem em níveis críticos.

Árvore solar em projeto da Hephaenergy - Crédito: Divulgação

Créditos

Ben White/Unsplash

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