Ex-jogador fala sobre sua nova empreitada e relembra sua trajetória no futebol
No TripFM desta semana, recebemos em nossos estúdios um dos maiores jogadores de futebol da década de 90, Raí Souza Vieira de Oliveira, que brilhou com a camisa do São Paulo Futebol Clube, do Paris Saint Germain e, claro, com a Seleção Brasileira. Diretor da Fundação Gol de Letra, organização que dá suporte educacional para crianças de comunidades carentes de São Paulo e do Rio de Janeiro e ganhadora do prêmio Trip Transformadores do ano passado, o ex-jogador está lançando seu novo livro infantil, Turma do Infinito, pela editora Cosac Naify.
Além de ser campeão mundial com a Seleção de 94, na Copa dos Estados Unidos, e vencedor de diversos títulos na Europa jogando pelo Paris Saint-Germain, Raí é sempre lembrado pela sua brilhante carreira no São Paulo Futebol Clube, onde alcançou o status de ídolo maior, posição que ocupa até hoje, mesmo tendo pendurado as chuteiras há 10 anos. Ali, foi símbolo de algumas das mais importantes conquistas, entre elas o bicampeonato da Taça Libertadores da América e o primeiro título mundial do Tricolor, conquistado em 1992. Na entrevista que vai ao ar nesta sexta, 20 de maio,Raí fala sobre Copa do Mundo no Brasil, Neymar, Ganso, Lucas, o assédio feminino e masculino e a relação com o irmão mais velho, Sócrates, um dos maiores jogadores da história do Brasil.
"Eu tive a sorte de a gente ter onze anos de diferença. Ele me olhava bem como o irmão mais novo, caçula. Ee sempre foi um pouco assim, rabugento. Mas era um jeito meio de brincadeira, meio irônico. Mas nós sempre fomos uma família muito próxima. Mas ele é de fase. Tem época que está mais rabugento e tem época que não. Agora ele está sempre com aquelas faixas na cabeça na televisão. É o novo projeto dele", ri o ex-jogador sobre as manias do Doutor, que também já foi um dos entrevistados do TripFM.
Sobre as novas promessas do futebol nacional, as grandes esperanças da Seleção para a Copa de 2014 no Brasil, Raí vê com bons olhos a acensão de jogadores como os santistas Neymar e Ganso e do são-paulino Lucas, que esteve recentemente no nosso programa. Para o craque, um deles ainda leva vantagem sobre os outros, mas é essa variedade de jogadores que pode dar ao Brasil o tão sonhado hexacampeonato mundial.
"O Neymar, pra mim, se destaca muito. Mais do que o Ganso e o Lucas. Claro que os outros dois também são fenômenos, mas o Neymar está na frente ainda. Ao mesmo tempo ele tem um estilo e uma maneira de jogo mais atrevida e que tem seus riscos durante a carreira. Desde violência até os rivais manjarem o esquema de jogo. Mas ele tem um potencial que se destaca sobre outros jogadores também muito bons.
O Ganso é um cara que joga muito com a cabeça e tende a melhorar muito com o tempo e com a maturidade. A mesma coisa vale para o Lucas, mas ainda assim eles vem logo atrás do Neymar." Raí também falou sobre seu novo livro e as influências que o levaram a escrever para crianças e adolescentes. Envolvido com projetos sociais há muitos anos e tendo passado cedo no teste da paternidade, hoje o craque brilha como o avô da Naira e tirou de sua relação com ela as melhores ideias para Turma do Infinito.
"A ideia de fazer o livro foi surgindo naturalmente com o trabalho da fundação, essa proximidade com as crianças... Eu também fui pai ainda muito jovem, com 18 anos nasceu minha primeira filha. Depois fui pai com 40, já tenho uma neta. Então o universo já foi inconscientemente me levando a pensar sobre isso", comentou o ex-jogador sobre seu livro Turma do Infinito. "Depois, há uns anos atrás, minha neta estava mostrando uma redação para mim, que tinha uns personagens muito interessantes. Daí veio a ideia de escrever um livro junto com ela e isso me motivou bastante. Foi ali que a ideia realmente tomou forma."
O Trip Fm vai ao ar na grande São Paulo às sextas às 20h, com reprise às terças às 23h pela Rádio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz
