Pequenas mentiras, grandes negócios

por Lia Bock

“Eu pensei que você ia pensar que eu pensei...”. Sei!

“Eu pensei que você ia pensar que eu pensei...”. Sei!

Mentir às vezes é necessário. Omitir, principalmente (o que, dependendo do tamanho, pode ser enquadrado na categoria de mentira, certo?). Mas, independente do enquadramento dado para a ação, ou você é muito bom no que faz ou é melhor ser verdadeiro mesmo. O mundo das inverdades não foi feito para amadores. Até porque quem mente pra valer, quem é bom nesse esporte, sabe que a regra número 1 do crime perfeito é: não minta à toa. Sim, porque ser pego no pulo é degradante para qualquer um, mas ser pego em um pulo sobre uma poça insignificante é muito pior! Bora arregaçar as calças e cravar o pé na poça de nossa humanidade? Muitos irão se surpreender como a aguá não chega nem a molhar a bainha...

Mentira é caso sério! A gente só mente quando precisa muito, certo? Não, errado. O povo anda mentindo por motivos cada vez mais torpes. Pra quê? Mentira é que nem crime: se for em legítima defesa até dá pra perdoar, mas se for por mania ou esporte, dá cadeia!! Então, bora assumir nossa condição de imperfeitos e falar umas verdades! Como já diria a filósofa Rena Lanari, “a verdade pode até doer, mas liberta”. Recebeu uma mensagem nitidamente alcoolizada fora de hora? Coloca na roda! Acabou a noite numa festa estranha cheia de siliconadas recusáveis? Conta tudo! Já tá enrolado com outra gata? Assume! Pra que gastar lama onde só tem uma aguinha, pessoal? E não me venha com aquele “eu pensei que você ia pensar que eu pensei...”. Páputaqueupariu as pequenas mentiras e seus grandes negócios. #prontofalei

Para seguir: @euliatulias

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