Celebrar a separação com uma festa temática não é coisa de criança?
Celebrar a separação com uma festa grandiosa? Com tema e lembrancinhas? Festa temática não é coisa de criança? Temos pena de Erisson, representante comercial que caiu nessas
“No dia 15 de dezembro, o representante comercial Erisson irá festejar a sua separação com uma grandiosa Festa do Divórcio, cujo tema será Baile das Máscaras.” Não, não conhecemos o Erisson, mas sabemos que ele se separou porque recebemos esse release. Sim, um material de divulgação de imprensa, nos convidando para a festa. Deveríamos nos credenciar para fazer a cobertura, uma coisa que os jornalistas fazem quando vão, por exemplo, cobrir um grande festival de rock.
Pobre Erisson. Além de se separar, seu nome foi usado para divulgar uma empresa de eventos que pretende lançar esse tipo de comemoração no Brasil. Segundo eles, essa é uma tendência internacional. É engraçado isso, né? É só uns gringos terem umas ideias estúpidas para logo tentarem nos empurrar o caô com o argumento de que é uma tendência internacional. Se um grupo de americanos começar a se jogar no rio vamos fazer isso também?
Esperamos que as pessoas não caiam nessa, já que o release diz, entre outros absurdos: “Nem todo fim de casamento é triste e doloroso [ah, tá, conta outra!], para que ficar sofrendo?”. Precisamos contar aqui que o sofrimento é necessário, que o luto faz parte etc. e tal? Não, né, vocês sabem.
As festas de separação, segundo eles, têm bolos separados e bem-casados que não são casados (ou seja, bolinhos). Gente, para! Chega!
Se você se separou de um idiota e está aliviada (acontece), a melhor maneira de comemorar continua sendo: chamar uns amigos íntimos, encher a cara, sair para dançar, dar para alguém. O Erisson podia sair com uns amigos, encher a cara e até fazer uns brindes, mas, não, ele vai fazer um Baile das Máscaras. Pobre Erisson!