Nossas tribos para o Big Brother

Tpm

por Nina Lemos
Tpm #96

Estamos viciadas no BBB, por isso resolvemos contribuir com a divisão simplória das tribos

Antes de tudo, admitimos que boa parte da Redação da Tpm está, sim, viciada em BBB. Mas achamos que a divisão de tribos do programa é muito precária. Por isso, decidimos dar nossa contribuição para a TV Globo sugerindo divisões, que, achamos, podem ser bem mais interessantes

 

Essa divisão do Big Brother em tribos deve estar, sim, aumentando a audiência do programa, afinal, a turma dos Coloridos (o nome óbvio que eles acharam para gays, lésbicas e simpatizantes) está causando. O programa tem também a turma dos Cabeças (e não vamos comentar nada sobre isso para não sermos acusadas de preconceituosas), a dos Belos, a dos Sarados (leia-se pitboys) e a dos Ligados.

Mas, enfim, achamos que essa divisão de tribos não rolou. Por isso, propomos umas mais reais e que podem fazer com que o programa mais maléfico do mundo (afinal, vicia) fique mais, humm, interessante.

Os emos

Seriam as pessoas mais sensatas do programa, pois passariam o tempo fazendo o que uma pessoa normal deve fazer se estiver presa em uma casa do Big Brother, ouvindo aquelas músicas horríveis e sendo obrigada a conviver com seres humanos... CHORAR!

Os fashionistas

Passariam horas brincando de desfiles de moda e posando para fotos. Teriam tempo de sobra para se montar, apareceriam com modelos ótimos e ainda falariam mal da roupa do Pedro Bial na cara dele. O principal problema aconteceria naquela hora em que eles sentam no chão da sala para conversar com o Bial. Rolariam brigas horríveis, já que todos iriam querer sentar na primeira fila.

A turma das artes plásticas
Eles passariam boa parte do tempo falando sobre conceito. Mas também poderiam fazer várias instalações cabeça na casa, que depois tentariam explicar e ninguém iria entender. Fariam muita cara de conteúdo e ficariam dias discutindo sobre o suporte televisão usado como reality show.

Os jornalistas

Passariam todo o programa com um bloquinho na mão tentando apurar o que estava acontecendo nas outras turmas. Brigariam feito loucos por causa de furos. Por exemplo, um deles ia achar que tinha descoberto um gênio no meio da turma das artes plásticas e que o mérito era, claro, todo dele, que seria o grande detonador do talento. Esta turma se autodestruiria logo, pois quanto menos jornalista na casa melhor, já que a apuração seria exclusiva.

Os ecochatos
Cuidariam da reciclagem da casa. E também regulariam o tempo que cada participante passa tomando banho. Dariam aulas de como escovar os dentes e assim não acabar com a água do planeta. Alguns seriam infiltrados na turma dos fashionistas, pois, como se sabe, ecologia está na moda.

Os nerds

Seriam os que menos encheriam o saco dos outros. Ficariam quietos em seu canto, cada um com o seu computador, seu iPhone e seu iPad, sem falar com ninguém. Seria péssimo para os editores do programa, pois eles só se comunicariam por MSN. Mas essa seria uma boa estratégia de jogo, pois tudo poderia ser combinado por eles na surdina. O problema seria se a produção resolvesse tirar os aparelhos eletrônicos dos nerds. Eles se tornariam agressivos e teriam que ser amarrados.

A turma da literatura

Este grupo ficaria o tempo todo fazendo batalha de ego só para ver quem conhecia com mais afinco a obra de um escritor neozelandês que foi citado uma vez na New Yorker. Cada um tentaria escrever um romance mais genial que o outro sobre a experiência de confinamento. Mas, no fim, nenhum escreveria livro algum, já que todo o tempo deles seria gasto com discussões sobre a obra deles próprios e do tal escritor neozelandês citado na New Yorker. Não haveria mulher neste grupo, pois, como se sabe, para eles literatura é coisa de homem.

 

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