Entre e fique à vontade

Tpm

por Isabella Heine
Tpm #96

Ana Luiza Varella não passou uma semana sequer sem receber amigos para um petit comité

 

Desde que se mudou para seu novo apartamento há três meses, a historiadora da arte Ana Luiza Varella não passou uma semana sequer sem receber amigos para um petit comité. Ela é dessas anfitriãs que fazem questão de deixar os convidados sentirem-se em casa. E eles, é claro, sempre querem voltar.

Ana morou cinco anos em Londres e seis meses em Nova York. Quando voltou para o Brasil tinha certeza de uma coisa: queria ter seu espaço. Porém, como a tarefa de achar a casa perfeita não é fácil, não teve pressa. Depois de procurar cuidadosamente, acabou encontrando o apartamento ideal em um prédio charmoso de cinco andares, com 120 metros quadrados, no Alto Leblon. “Adoro estar perto do mato. Aliás, gosto mais do que se fosse de frente para a praia. Nada melhor do que sentar no sofá e ler um livro ouvindo as cigarras cantando. Traz uma paz.”

Com senso estético naturalmente apurado, ela sabia perfeitamente o que queria desde o princípio. Por causa disso, colocou o apartamento antigo abaixo e refez tudo da maneira que sempre sonhou. A primeira exigência era ter uma iluminação de galeria, que desse mobilidade ao espaço. Seus convidados amam, porque a cada visita têm a sensação de estar em um ambiente diferente.

Na hora da decoração, Ana deixou sua arquiteta de lado e começou a fazer uma arte própria. Sua casa parece uma miniexposição que mistura objetos antigos e modernos àqueles com uma história afetiva, como os leques japoneses da avó. Nesse cenário, ela tem, por exemplo, uma poltrona comprada no Lavradio reestofada com tecido moderno; peças de design, como a poltrona Kilin, de Sergio Rodrigues; e as almofadas Missoni. “Faço questão de aproveitar cada canto”, diz. O resultado é tão bonito, que Ana virou conselheira de arte e decoração dos amigos. Eles passaram a consultá-la para dar bossa em suas casas.

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