Chega de lembranças da Bahia, da negritude e do descobrimento do Brasil. Tivemos ideias de enredos mais modernos para escolas de samba
Classe C e classe média revoltada
Este enredo seria preconceituoso. Mas nos daria motivo para rir e falar mal. Carros alegóricos trariam várias TVs de plasma e geladeiras e mostrariam a ascensão do consumo no Brasil. Uma das alas principais seria a dos “revoltados”, aqueles metidos a velhos ricos que dizem que “aeroporto virou rodoviária”. E que “está muito difícil encontrar empregadas no Brasil”.
Protestos
Toda onda de protestos seria mostrada. A Primavera Árabe teria destaque. Mas, como somos meio colonizados, o Occupy Wall Street também teria destaque, e seria representado por um carro que traria várias pessoas deitadas em sacos de dormir. Claro, não vamos esquecer do Brasil. O carro mais divertido seria o do “Churrascão de Gente Diferenciada”. Iríamos fazendo churrasco, dançando e carregando cartazes em que estariam escritas coisas como “só ando de metrô em Nova York, Londres e Paris”.
Homenagem a Amy
Como assim nenhuma escola pensou nisso? Sim, sabemos que este não seria um enredo muito brasileiro. Mas achamos que nossa musa máxima merecia essa homenagem. Um dos carros mostraria uma moça deitada chorando no chão da cozinha. A porta-bandeira usaria aquele cabelão maravilhoso dela. E, não, não teria a ala dos drogados nem dos paparazzi. Amy é mais. Não precisa ser lembrada desse jeito.
A saga de Criolo na música brasileira
Aconteceu tanta briga no ano passado entre críticos de música e “pessoas hipsters” por causa do sucesso (que nem é tão estrondoso assim) do rapper Criolo que ele poderia ser homenageado em um enredo que debateria a questão. Caetano desfilaria em um carro com vários críticos de música tacando coisas nele só porque cantou “Não existe amor em SP”. Calma, Caetano, ninguém te machucaria de verdade. Te amamos.