E por falar em parada...

Tpm

por Tania Menai

O melhor teste para saber o quanto alguém conhece esta cidade é perguntar o que ela costuma fazer no domingo de junho (no caso, ontem) quando aconteceu o Puerto Rico Day Parade. Se a reposta ocilar entre “Metropolitan Museum”, “East Side”, ou “Central Park”, a nota é zero. E se a reposta for “ficar em casa”, “viajar pra longe, bem longe” ou “dar uma volta pelo SoHo”, a nota é dez. Explico.

Quase todas as nacionalidades – de irlandeses a israelenses - têm seu domingo de celebrações na Quinta Avenida. É quando há desfile folclórico, sempre com música, dança e, claro, o prefeito. Fecha-se a avenida, o trânsito fica um caos, mas tudo bem. Exceto quando o país em questão é Porto Rico. Um policial me contou que ontem colocaram nas ruas um número recorde de quatro mil oficiais só para isso. “Pois é, nem todos os participantes sabem se comportar,” revelou discretamente o policial.

Não é exagero dele, muito menos preconceito. Os policiais, visíveis em todos os cantos, têm a difícil incumbência de controlar, por horas, ruas que lembram a geral do Maracanã, sem lei nem ordem. São milhares de pessoas, todas com bandeiras enroladas pelo corpo. Este ano, inclusive, celebrou-se o cinqüentenário do desfile, com presença de Ricky Martin e Jennifer Lopez. Mas a baderna é tanta que há alguns anos, mulheres foram atacadas à luz do dia no Central Park (que fica na Quinta Avenida) por alguns porto-riquenhos, assunto que ganhou mídia nacional. Uma pena, pois o país deles é lindo e este dia deveria ser usado apenas para celebrá-lo.
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