Para ecoar nossas vozes
YVY é um movimento de mulheres ligadas ao universo da imagem que quer fortalecer e defender quem se identifica com o gênero feminino
Qual mulher é seu espelho? Por que ela te inspira? Transformar essas respostas em imagem é o primeiro desafio proposto pela YVY Mulheres da Imagem. O grupo, que reúne 2 mil integrantes, se define como um movimento em busca da valorização de vozes femininas, para assim fortalecer e proteger quem se identifica com o gênero feminino.
“A ideia de propor os desafios, que serão mensais, funciona como forma de nos integrarmos enquanto movimento e é também uma maneira de trazermos visibilidade a outras mulheres, sejam elas ligadas ou não ao universo da imagem”, explica Marizilda Cruppe, uma das fundadoras do projeto, que tem como lema a frase “se não lutamos por todas as mulheres, não estamos lutando por nenhuma”. Quem quiser participar do desafio, que conta com a roteirista Antonia Pellegrino como curadora convidada, deve postar as imagens, e histórias, de suas musas inspiradoras no Instagram com as hashtags da YVY até o dia 10 de julho. Espia aqui: Mulher espelho.
Em setembro do ano passado, no início da formatação da YVY, a ideia de Marizilda era reunir fotógrafas em torno de causas feministas e humanitárias. “Em uma das primeiras reuniões que fiz, conheci a curitibana Isabella Lanave, que é uns 20 anos mais nova que eu. Foi ali que entendi que esse projeto não se limita a fotografia. As meninas agora transitam entre múltiplas plataformas de linguagem: colagem, ilustração, vídeo. A YVY encorpora mulheres que trabalhem com imagens em qualquer esfera”, conta Marizilda. “A troca entre diferentes gerações, sotaques e orientações sexuais dá mais força a nossa união. Inclusão e representatividade são nortes para o projeto”, completa.
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A primeira ação da YVY rolou em janeiro deste ano, em 13 cidades diferentes. “Foi uma convocatória com o tema amor. Recebemos imagens inspiradas por esse conceito e anunciamos em vários estados brasileiros que estamos juntas e queremos mobilizar mulheres”, conta Marizilda.
Desde então, a YVY organizou uma cobertura feminista no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, participou do Festival de Fotografia de Tiradentes e integrou diversas mesas de discussão sobre os temas relativos ao projeto. “Nossa vontade é mostrar que existimos, provocar reflexão. Nos unindo e descobrindo juntas o caminho que vamos percorrer, sempre usando nossas ferramentas de trabalho como instrumentos de transformação”, conta Marizilda.
Créditos
Imagem principal: Tuane Fernandes