Resolvemos não entrevistar o Não Vai Ter Copa, que perdeu sua razão
Fechamos esta edição a poucas semanas do início da Copa. As delegações internacionais ainda não tinham chegado ao país, mas a seleção já estava escalada, a Arena Corinthians já estava inaugurada e tudo se acertava para o evento, mesmo que a gente, o Papa ou o Barack Obama não quisessem.
O nome do movimento, convenhamos, sempre foi meio pretensioso, né? Acabar com a Copa do Mundo não parece um pouco demais? E ninguém pensou “e se a gente não conseguir?”. Não seria o caso de batizar o movimento de “A Copa vai ser ruim” (ainda não sabemos se vai ser boa); “A Copa é horrível” (cada um pensa o que quer); ou apenas “Não queremos Copa”?. Tudo bem, temos todo o direito de não querer. Agora esse “não vai ter” foi um pouco puxado.
Como muita gente já falou, a gritaria poderia ter começado quando o Brasil se candidatou a sediar o evento. Ou mesmo quando foi escolhido. Aparecer um ano antes, quando já estava tudo combinado, é querer se frustrar. Nunca na história um país desistiu de fazer uma Copa um ano antes. Por que aconteceria com a gente? Somos muito especiais?
Por isso, informamos que a Copa está aí. E que resolvemos não entrevistar o Não Vai Ter Copa, que perdeu sua razão. Se você está andando na frente do estádio gritando “não vai ter Copa; não vai ter Copa!”, podemos dizer: não vai ter entrevista. E por uma razão simples: já era. Sentimos muito.