Como nossos pais
Série acompanha a vida dos filhos de surfistas brasileiros que cresceram no Havaí
"Esses garotos vivem para pescar, caçar, lutar e surfar." É assim que Bruno Lemos descreve a rotina dos personagens que escolheu com Kleber Pires para Filhos do Hawaii, série que vai mostrar a primeira geração de descendentes de brasileiros que vivem no arquipélago americano. "Um estilo de vida completamente relacionado com a natureza em um dos lugares mais incríveis do planeta", completa. Surfistas, Bruno e Kleber, de 44 e 45 anos, dividem a direção do programa, que estreia no começo de 2016, no canal Off.
Os primeiros brasileiros que chegaram no Havaí, na década de 70, vieram atraídos pelo surf. "Os filhos desse grupo têm hoje mais ou menos a mesma idade e vivem da mesma forma que os locais", afirma Bruno. Ou seja: mergulhar e surfar ondas gigantes, além de caçar javalis, é parte da rotina. "Eles cresceram vendo as maiores e mais perigosas ondas do mundo, tendo que provar para si e para os amigos que podem desafiar essas ondas e se impor como garotos fortes e corajosos", diz o diretor.
São jovens como os irmãos Kiron e Kalani, filhos de João Jabour, brasileiro radicado no Havaí; Ryan de Seixas, filho de Horácio de Seixas – primo do eterno Raul Seixas –; Kona Olivera, filho do salva-vidas Cezar Oliveira; e, como não podia faltar, Kaele Lemos, filho de Bruno. "Começamos as gravações no inverno passado. Eu, o Bruno e os garotos interagimos juntos na produção", diz Kleber, que também dirigiu o documentário Caçadores de ondas grandes.
A primeira temporada de Filhos do Hawaii tem 13 episódios e promete, além de histórias de amor pelo surf e do cotidiano da vida havaiana, imagens de tirar o fôlego, com câmeras de alta qualidade e super slow motion. "Daremos ênfase a imagens aéreas", diz Kleber. "O Ryan Seixas será o responsável por isso, operando um drone."
Sobra emoção também para os pais. "Eu sempre imaginava, sonho de criança, como seria o Havaí, como seria crescer lá e surfar sendo local", diz João Jabour, sobre ver os filhos vivendo no North Shore. "É emocionante. Hoje em dia os meninos que cresceram no Havaí se tornaram tudo aquilo que eu imaginava quando criança."