O Estado sou eu
No jogo Prision Architect, a missão é administrar uma cadeia – cada decisão tem peso e influencia o futuro dos presos e dos agentes carcerários
Há tempos que a população carcerária está agitada. Gastou-se muito implementando as novas instalações e sobrou pouco para comida, salário dos agentes, cursos de reciclagem. A tensão começou a subir e um preso bastante pacífico esfaqueou dois outros no banheiro. Fui beber água, voltei ao computador e absolutamente toda a população carcerária havia se revoltado, assassinado os agentes, incendiado a prisão e degolado o prisioneiro de alta periculosidade. Olhei para os lados, apaguei o save e comecei de novo.
Esse é Prision Architect, o simulador de administração carcerária criado pela Introversion Software. O jogo ainda não chegou a sua versão final, prevista para dezembro, mas já teve mais de 30 atualizações e está quase lá. Na última, incluíram o corredor da morte. Conscientes do assunto espinhoso, os desenvolvedores criaram um sistema que tenta passar ao jogador o peso de uma decisão dessas.
Tudo em Prision Architect funciona deste modo: as decisões têm peso e influenciam o bem-estar dos presos e dos agentes carcerários. Tenha uma prisão mais humana e lide com menos revoltas. Sujeite os presos a condições degradantes e veja o contrabando, os assassinatos e as brigas escalonarem até o fim trágico de sua prisão. Há literalmente centenas de coisas para prestar atenção, do encanamento à eletricidade, da educação dos agentes ao tipo de comida, do lazer que se oferece à qualidade de cada cela. Com o tempo, você conhecerá os prisioneiros e seus dramas, descobrirá quem está tentando fugir e quem pode delatar os colegas. Imensamente difícil e viciante, Prision Architect pode ser adquirido no site da desenvolvedora ou pelo sistema Steam de jogos para PC.