Esquenta Trip Transformadores 2013
Trip reuniu grandes nomes da música brasileira no Cine Joia em SP para celebrar a obra dOs Mutantes
A menos de um mês para a esperada noite de premiação, o Cine Joia, em São Paulo recebeu a festa de aquecimento para o grande evento do Trip Transformadores.
Se no ano passado o homenageado foi Gilberto Gil, o homenageado da vez foi uma banda que encantou Gil na década de 60: os Mutantes. O trio formado formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias em 66, batizado por ninguém menos que Ronnie Von e que teve formações diferentes nas décadas seguintes não poderia ser uma escolha mais apropriada. Afinal, sem dúvida estão entre os grandes transformadores da música brasileira.
Antes do show a noite teve outra atrações. A festa começou com a Editora de Mídias Digitais Flávia Durante no comando da cabine do Joia; na sequência foi a vez do repórter especial da Trip Arthur Veríssimo. Já na porta do Joia os convidados deixaram sua doações de livros em nossa campanha de incentivo à leitura. A estante ficou bonita repleta de livros. Depois, a abertura da festa foi feita pela apresentadora Carol Ribeiro, que ressaltou os valores que a premiação e a busca por gente interessada em mudar a realidade que vive.
Hora do show
O time escolhido pelo músico e produtor Apollo Nove caprichou nas versões da banda. Respeitando os arranjos originais sem deixar de por um toque pessoal, a banda formada por Betão Aguiar (baixo), João Parahyba (bateria), Rafael Crespo (guitarra) e Apollo Nove (teclado e guitarra) empolgou a plateia, dando um corpo novo a sonoridade clássica dos Mutantes. "Os Mutantes tinham essa premissa de fazer o que não se espera deles. Eu me identifico com isso", disse o produtor.
“A música tem mais força do que qualquer discurso político”, Marcelo D2
A primeira convida a subir no palco foi Marina de la Riva abrindo com o suinge de "Cantor de Mambo" e sendo delicada na bela "Fuga Nº II". Karina Zeviani veio na sequência cheia de clássicos: "Panis et Circensis", "Ando Meio Desligado", "2001" e "Technicolor". Céu emendou a sombria "Ave Lúcifer" e uma versão linda para "Baby". "Os Mutantes são para mim o maior exemplo do tropicalismo", disse, sobre a importância da banda.
João Parahyba lembrou da ruptura que o grupo causou na décade de 60, colocando um ponto final no romantismo e na calmaria da bossa nova. "Foi um marco para todos os jovens do Brasil e também da América Latina", ressaltou João.
Marcelo D2 lembrou os seus dias de hardcore para berrar alto em A "Hora E A Vez do Cabelo Nascer". O fim não poderia ser diferente: "Top Top" com D2 acompanhado por Céu, Marina e Karina. Sobre o poder de transformação da música, D2 mandou nos bastidores: “A música tem mais força do que qualquer discurso político”.
Depois de tanta música boa e alegria para aquecer, agora é esperar a hora da grande celebração no dia 13 de novembro no Auditório do Ibirapuera com a festa de premiação do Trip Transformadores, que chega a sua sétima edição e completa mais um ano na missão de dar espaço para mostrar as boas ideias e trabalhos que temos pelo país.
(Por Vinícius Felix. Colaboraram: Felipe Maia, Flávia Durante e Eva Uviedo)