A cantora acaba de divulgar o clipe de ’’Till it happens to you’’, música feita para documentário sobre abusos que universitárias sofrem dentro do campus
Lady Gaga lançou o clipe Till it happens to you, música feita para o documentário The Hunting Ground, dirigido pelo premiado Kirby Dick e lançando em fevereiro desse ano nos EUA, mas ainda sem data de estreia no Brasil. O filme fala sobre assédios sexuais sofridos por garotas nos campus universitários, mostrando o cenário de descridibilidade que cerca suas histórias. Assim surgiu o clipe de Lady Gaga, que não se preocupa em poupar quem assiste e mostra cenas fortes de garotas em diferentes situações de violência sexual, e o impacto que isso gera em suas vidas.
Não é a primeira vez que o tema ganha referência em uma música da cantora. Sobre Swine, do álbum ArtPop de 2013, Gaga disse, em entrevista ao jornalista Howard Stern que "a canção fala de um estupro, de desmoralização. 'Sabem de uma coisa?! Jamais poderei me degradar tanto como já fiz a mim mesma, e vejam a beleza do que eu faço''. A música é um relato sobre o abuso que a própria cantora sofreu quando tinha 19 anos. A única revelação que ela fez sobre o agressor é de que ele era 20 anos mais velho.
Quando o clipe Till it happens to you acaba, aparece na tela: uma em cada cinco universitárias vão sofrer abuso sexual esse ano, a não ser que algo seja feito. O número é fruto de pesquisa norte-americana, mas não por isso longe da nossa realidade. Cada vez surgem mais denúncias de alunas que sofreram abusos dentro de suas faculdades. Um dos casos mais repercutidos foram as denúncias de violência sexual que aconteceram na FMUSP, uma das mais respeitadas universidades de medicina do país. Uma série de reportagens foi feita para investigar os casos.
Em caso de abuso, denuncie. Você não é culpada: conte para sua amiga, sua mãe. O silêncio é seu pior inimigo. Ligue 180, número da Central de Atendimento à Mulher criado pela Secretária de Politicas para as Mulheres com objetivo de "disponibilizar um espaço para que a população brasileira, principalmente as mulheres, possa se manifestar acerca da violência de gênero, em suas diversas formas". E lembre-se: abuso não tem hora, nem lugar para acontecer, como mostra a recente campanha feita pelo Mêtro de São Paulo. Você não está sozinha.