por Marcela Paes

Banda retrô do Paraná faz viagem no tempo com repertório das décadas de 30, 40 e 50

Ser moderno hoje em dia dá trabalho. Atualizar o Twitter, o Facebook, postar no blog, baixar músicas, ficar por dentro de todas as bandas novas que surgiram naquela semana, mexer no Instagram... Com tantas novas obrigações, dá até saudade de tempos mais antigos e de épocas que só conhecemos por relatos de outras pessoas.

Foi com este intuito que as amigas Gabriela Catai, 25, Giovanna Correia, 21 e Maitê Motta, 27, criaram a banda Cluster Sisters em 2008. As três cantavam juntas no coral da Universidade de Londrina desde pequenas e após uma delas ganhar um CD com músicas das Puppini Sisters e das Andrew Sisters, tiveram a ideia de montar a banda vintage. “Achei que seria um desafio delicioso para nós que cantamos em coro há um tempo já. Mostrei o CD para as meninas e elas adoraram! Depois disso, passamos a tirar as linhas de voz no piano de casa.”, explica Maitê.

A maioria dos grupos e cantores que influenciaram as Cluster Sisters é da década de 30, 40 e 50 (algumas influências são atuais, mas remontam a esses períodos). Para que o revival fosse fiel à época e ao estilo destes grupos, o clima de big band era indispensável. Dessa forma, os músicos Eduardo Rorato, 28, Emilio Mizão, 32, Filipe Barthem, 38, Marco Scolari, 46, e Wesley Cesar, 29, fazem parte da banda desde a primeira “canja” e complementam sua proposta retrô. Foi assim que, em abril de 2009, as Cluster Sisters realizaram sua primeira apresentação oficial.

Releituras
A banda, que é fortemente influenciada pelo jazz e swing das big bands, também faz releituras de grupos como The Boswell Sisters, The Ross Sisters e The Girls From Mars. Quem for ao show vai ouvir em sua maioria músicas antigas, mas com sorte sua canção preferida pode entrar no repertório da banda e ganhar uma cara diferente. “Gostamos de Lily Allen, Amy Winehouse, Diana Krall, Corinne Bailey Rae, Adele, Björk, Portshead e algumas cantoras brasileiras como a Tulipa Ruiz, Céu e Monica Salmaso. De artistas de nosso tempo fazemos duas releituras: “Umbrella”, da Rihanna e“ Heart of Glass”, do Blondie.”, conta Maitê.

Figurinos
Um dos destaques das apresentações é o figurino super cuidadoso e criativo. As roupas, cabelos e maquiagens facilitam a viagem no tempo que acontece nos shows. As meninas contam com um time de Londrina que inclui desde estilistas locais a cabeleireiros e estudantes de moda. Nem a família escapa, já que a irmã de Maitê, a designer Maíra Motta, fez alguns dos ensaios fotográficos da banda. ”Para nós é muito gratificante, pois diversas pessoas que nos assistem acabam entrando em contato para dar ideias, não só de figurinos como de toda a produção.”, pontua Maitê.

Amizade
As meninas são amigas de infância do coral e todos os integrantes se conheciam antes da formação do grupo. “Somos amigos mesmo antes de formarmos a banda. A Bibi já fazia parte de outros projetos musicais com eles. Além de tocarmos juntos, somos grandes amigos de uma cervejinha no boteco. E como todos somos músicos, nossas experiências estão sempre em transformação. Nossa relação é muito boa e isso ajuda a banda a crescer. Nossa única dificuldade é conseguir reunir todos, já que a banda é grande.”, contam.

Apesar de ainda não terem nada lançado, os integrantes da banda estão preparando novas composições e material de divulgação. Os shows em sua cidade natal, Londrina, continuam e em agosto, do dia 3 ao 6, participam do "1º Festival Blues Londrina", no Valentino Bar.

Vai láwww.myspace.com/clustersisters // www.twitter.com/ClusterSisters // www.facebook.com/clustersisters

 

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